sexta-feira, 1 de março de 2019

NERVOS DE AÇO!


Quando a gente acorda, como hoje eu acordei, pensando que não temos mais nada para fazer; que não gostamos mais nem de carnaval; quando uma certa melancolia invade a alma da gente; quando olhamos para o céu e vemos nuvens derramando lágrimas...é quando eu começo a escrever essas  coisinhas à toa, ou pego o meu violão, que hoje passa horas, dias, meses, esquecido, e ponho-me a tocar o “Lupicínio”, lembrando suas músicas de dor de corno para uns, e de cotovelo, para outros: “Nunca”; “Nervos de aço”; “Cadeira Vazia”; “Vingança”; “Esses moços... pobres moços”; só fico meio triste, saudoso,  por não poder mais  “tomar todas”; lembrando aqueles meus  porres homéricos pelos bares da vida.  Lupicínio também tomou todas, rondando todos os cabarés de Porto Alegre, testemunhando paixões, desilusões e desenganos; teve o seu apogeu, sua queda, suas crises, levado por tantas mulheres, com quem compartilhava amor e boemias; mas sempre voltava para casa; pelas madrugadas; pois dizia que não há maior prova de amor do que voltar... 
Coronel Maciel.     

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