Num livro que li há
muitos e muitos tempos, de um escritor Norte Americano que não me lembro o
nome, uma mulher “branca”, que acabara de tentar matar o marido, um homem “negro”,
ele assim lhe responde: - Não sei se Deus pode perdoar pelo que você me fez;
também não sei se ele também pode me perdoar, pelo que eu fiz a você (casando
com uma branca...); mas não sei como Deus pode se perdoar, deixando tudo isso
acontecer. As pessoas costumam culpar os Deuses, pelas coisas que não nos dão
certo; a Deuses que até podem nem existir. Deus estava vendo tudo o que
aconteceu em Suzano? Já no limiar dos
meus “oitenta”, cada vez mais me sinto só; só, mas sempre na companhia da minha
mulher; dos meus livros, que são poucos, mas que gosto de ler, de reler, dez,
nem sei quantas mil vezes. Quantas e quantas vezes nos sentimos sós; sós no
meio das multidões; solidão que atinge milhões de pessoas, “de crianças”, por
esse mundão afora; quem está só, é como estar perdido num avião, à deriva, sem
rumo, sem destino; nesses momentos, nada melhor que encontrar um, ou uma copilota
que nos escute, que divida com a gente esses instantes “sem fim”. Gosto dos
meus momentos de solidão; mas sabendo que se acostumar com eles pode ser fatal.
Busque, procure sempre encontrar alguém que naqueles momentos, nos diga: --
Estou aqui...
Coronel Maciel.
Nenhum comentário:
Postar um comentário