quinta-feira, 14 de março de 2019

ESTOU AQUI...


Num livro que li há muitos e muitos tempos, de um escritor Norte Americano que não me lembro o nome, uma mulher “branca”, que acabara de tentar matar o marido, um homem “negro”, ele assim lhe responde: - Não sei se Deus pode perdoar pelo que você me fez; também não sei se ele também pode me perdoar, pelo que eu fiz a você (casando com uma branca...); mas não sei como Deus pode se perdoar, deixando tudo isso acontecer. As pessoas costumam culpar os Deuses, pelas coisas que não nos dão certo; a Deuses que até podem nem existir. Deus estava vendo tudo o que aconteceu em Suzano?  Já no limiar dos meus “oitenta”, cada vez mais me sinto só; só, mas sempre na companhia da minha mulher; dos meus livros, que são poucos, mas que gosto de ler, de reler, dez, nem sei quantas mil vezes. Quantas e quantas vezes nos sentimos sós; sós no meio das multidões; solidão que atinge milhões de pessoas, “de crianças”, por esse mundão afora; quem está só, é como estar perdido num avião, à deriva, sem rumo, sem destino; nesses momentos, nada melhor que encontrar um, ou uma copilota que nos escute, que divida com a gente esses instantes “sem fim”. Gosto dos meus momentos de solidão; mas sabendo que se acostumar com eles pode ser fatal. Busque, procure sempre encontrar alguém que naqueles momentos, nos diga: -- Estou aqui...
Coronel Maciel.

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