Não bebo, não fumo, não jogo; não discuto política, nem religião;
mas adoro uma “Piniqueira”, costumava me dizer um motorista de táxi, amigo meu,
lá de Recife; coitadinhas das “piniqueiras”, heroicas ajudantes das nossas
muito mais que heroicas e amigas donas das nossas casas; assim como, também só
por brincadeira, “apelidavam” as nossas lindas meninas da nossa mais que
tradicional Escola Doméstica de Natal, de “Tapiocas da ED”, só por causa dos
seus uniformes, sempre limpos, lindos, brancos, risonhos e brilhantes. Diziam
que Einstein, ganhador de Prêmio Nobel, “linguarudo” como ele só, era ateu: --
Não, dizia o “Teórico da Relatividade”; não sou ateu; sou do time do Baruck Spinoza,
judeu com eu, que vivia dizendo: -- Para de ficar rezando e batendo no peito! O
que eu quero é que saias por aí, vagando pelo mundo, sem lenço e sem documento,
desfrutando a tua vida; o que eu quero é que gozes, que cantes, que te divirtas
e que aproveites, enquanto é tempo e o tempo é curto, de tudo o que EU fiz para
ti; eu nunca te disse que há algo de mau em ti, ou que és pecador, ou que tua
sexualidade fosse também algo de mau; de ruim; eu nunca te disse isso; o que sempre te
digo é que sexo é um presente que EU te dei e com o qual podes expressar teu
amor, teu êxtase, tua alegria; assim,
não me culpes por tudo o que te fizeram crer.
Eu também sou do time do Baruck Spinoza, manda me dizer o Spíndola
do Açaí, deitado eternamente em sua rede; seu berço esplêndido!
Coronel Maciel.
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