Meu B-26 era a jato!
Como foi maravilhoso o
meu último voo na minha querida Força Aérea, olhando para a cauda do meu avião,
naquele que foi meu último voo, e ver que a minha, que a sua, que a nossa vida
foi e continua sendo maravilhosa; e que começaríamos tudo outra vez! -- Outra
vez! Para viver de novo os mesmos sonhos, os mesmos risos, os mesmos planos; os
mesmos aviões. Para contar os mesmos velhos casos, como este acontecido comigo,
naqueles meus velhos tempos de Aspirante, aqui em Natal. Um caso mesmo difícil
de se acreditar; mas, com a devida venha, vou contar e acredite quem quiser. Foi
assim: O meu ”B-26B Invader”, era “a jato”; aliás, o único no mundo, quando sofreu
uma pane e fui obrigado a fazer um pouso forçado bem no meio de uma movimentada
avenida aqui de Natal; e graças ao meu bom Deus, fiz um pouso manteiga, mais-que-perfeito!
Passado o susto, os transeuntes me olhavam assustados e admirados, chegando
alguns ao cúmulo de me pedir autógrafos! Quando tudo parecia resolvido, eis que
um táxi desgovernado “atropela” o meu avião. Fomos todos parar na Delegacia, quando
o Delegado, tentando esconder um copo de cana ainda na mão, começa questionando,
com toda autoridade, o coitado do motorista: - - Mas como é que o senhor não
viu esse “Jato” pousado na pista? -- O senhor andou bebendo? – Não senhor; quando
eu bebo, eu não dirijo. – Agora, se o senhor me permite, vou contar o caso e
como tudo aconteceu: - - Eu peguei este casal na saída do cinema; e tão logo
eles entraram no carro começaram a fazer as piores safadezas do mundo! -- E
toma de amassos, de beijos na nuca, de beijos de língua, as piores imundícies
do mundo; e eu com 100% de atenção no trânsito. -- Aí, foi quando ele tirou a
blusinha e começou a beijar os peitinhos dela; e eu vendo tudo pelo
“espelhinho”. Mas continuava dirigindo, embora só com uns 80% de atenção. -- Aí
a safadeza foi aumentando, aumentando; engrossando, engrossando, e quando vi
foi ele danando a mão entre as pernas da minina, tirando-lhe a calcinha. -- Aí,
eu já estava só com 50% de atenção; e foi quando ela abriu o zíper e caiu de
boca no “bilau” do rapaz; e foi quando minha atenção baixou a zero por cento. –
E daí? -- pergunta o delegado. – E daí que naquele pega-pega; naquele negócio
todo, ela tirou o “bilau” da boca, uma boca tão pequenina, meu Deus, e apontou
o bichão na direção da minha nuca, gritando: - - Cuidado com o jato, motorista!
-- Aí, eu abaixei a cabeça, bem na hora, e nem vi a porra do avião: -- Como é
que eu ia saber se era a “porra do jato”, ou o “jato da porra”, seu Delegado. O
taxista foi liberado...
Coronel Maciel.
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