Depois de passar mais de trinta anos voando quase todo santo
dia -- hoje em dia parece que não se voa mais tanto assim na FAB, a não ser os
sortudos que voam no GTE (você já voou em algum dos lindos jatinhos da FAB?) --
de repente cortaram minhas asinhas; mais por culpa minha do que do Sarney, e
devido a essa mania que eu tenho de ficar escrevendo artigos; voar para mim era
o mesmo que gostar da “51”, outro vício que eu tinha, mas que hoje não
tenho mais, e mais por culpa do meu fígado, do que por culpa de mim mesmo. Mas,
porém, contudo, todavia, e depois de passar uns cinco anos só na vida boa,
fazendo minhas “blitz” pelos botecos da vida que margeiam as lindas praias aqui
de Natal, resolvi voltar ao velho vício de voar. Mas não foi mole não; tive que
fazer tudo de novo, todas as provas que fazíamos quando cadete: meteorologia,
Regras de Tráfego Aéreo, e outras mil coisinhas, e tudo muito, muito diferente
do que eu havia aprendido até então; até que, após ser considerado apto
fisicamente, foram ver se estava também apto “espiritualmente”, quando fui ser entrevistado por uma linda Tenente “Psicóloga”,
a qual, me olhando assim de soslaio, perguntou: -- Coronel, me diga uma coisa;
por que é que o senhor quer voltar a voar? Eu, rindo, ante aquela inesperada
pergunta: -- Deve ser porque eu acho que estou ficando assim meio doido; ela,
também rindo, me tranquilizou, dizendo que eu podia ir embora, pois tinha sido brilhantemente
aprovado! Eu saí dali pensando comigo mesmo: nem Freud, nem nenhuma psicóloga
do mundo, por mais bonita que seja, descobre nem um “culhonésimo” do que se
passa na cabeça da gente; vejam o caso dessa “Deputada”, que, mesmo mãe de não
sei quantos filhos, chorando e clamando por “justiça”, resolveu entrar nessa
onda de “Masculinicídio”...
Coronel Maciel.
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