Pois é; depois que
consegui fazer tudo novamente; com meu PLA no bolso, fui voar num Bandeirante
de uma Companhia de Táxi Aéreo de Fortaleza; decolava de Natal todos os dias,
de tardezinha, abarrotado de SEDEX; pernoitava num bom Hotel em Recife, que
vidão, meu Deus; decolava de Recife para Natal superlotado de Jornais, Revistas,
e tantas outras coisas, que não dava nem
para respirar direito, de tão pesado que a garça ficava; logo em seguida
decolava para Noronha, agora abarrotado das mais lindas e branquíssimas turistas
paulistas; voltava para Natal, abarrotado delas, agora mais vermelhas que
lagostas fritas; e assim se passaram alguns anos. Um belo dia, era um sábado, a
nossa folga começava após o meio dia, foi quando, já tomado de algumas geladas,
fui acionado para fazer um extra para
Noronha, levando sete turistas italianos; fui correndo para o Aeroporto, e qual
a minha surpresa quando a despachante me informa que os italianos estavam
acompanhados de sete menininhas dessas bem inocentezinhas aqui de Natal, todas
já vestidas à caráter, com suas sunguinhas bem apertadinhas,
e se eu autorizava o embarque, já que elas não constavam no contrato; ora, se o
avião estava mesmo fretado, autorizei de imediato o embarque; estabilizado o
avião, uma das meninas, a mais sapeca, e já quase nua, veio me perguntar se eu
autorizava que elas fizessem um “desfile de modas” pelo pequeno e apertado
corredor do meu pobre Bandeirante; autorizei na hora, desde que elas viessem até
bem perto das manetes, para melhor olhar o panorama da janelinha; elas riram e
começaram o desfile; foi paidégua mano! os italianos deliravam; no pernoite,
fui convidado para uma festinha na beira da praia, regada com não sei quantas
latinhas de cerveja, enquanto eu, com um violão que me arranjaram, cantava com os
italianos, pois as meninas não sabiam
cantar bem em inglês, aquela musiquinha que o Sinatra gostava de cantar “New York - New York” ; que pernoite; na
volta, domingo de tardezinha, fui voando e mostrando para as meninas Natal se
aproximando, e o céu transformando seu “ouro azul, em carvão”...
Coronel Maciel.
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