Viver é muito perigoso.
Já dizia o Guimarães
Rosa. O dono de uma grande montadora de motos no Japão dizia que jamais daria de
presente uma moto para um dos seus filhos; daria um avião; é muito mais seguro!
Acho que também é arriscar demais o Hulk, riquíssimo, deixar seu menino de onze
anos brincar de “wakeboard”; que nome; quantas dessas nossas criancinhas deixaram
de ser hoje pobres, mas ricos “Tenentes Aviadores”, só porque meteram medo nas
suas cabecinhas, dizendo que voar é muito perigoso; ora, digo eu, como dizia o
nosso Guimarães: muito mais perigoso é viver. E eles ainda me “berram”: -- Quantos
amigos seus perderam a vida num segundo descuidado, pilotando seus inocentes
aviões? Quantos? Eu dei sorte? “Dar sorte” nos casamentos, é questão de sorte? Muita
sorte mesmo dei eu que, desde quando criancinha, empinando papagaios na rua lá de
casa em Belém, rua que era a “Reta Final Curta” para pousos dos aviões no Aeroporto
internacional da Val-de-Cans, quando eu ficava olhando aqueles “enormes” aviões
da época passando tão baixos, quase roçando as linhas “enceradas” dos nossos
papagaios, com seus trens e flaps baixados, e eu ficava olhando, rindo e
dizendo:-- Um dia eu ainda vou pilotar um “papagaio” desses... Não deu outra;
com 16 anos entrei na EPC do AR, em Barbacena, e hoje estou aqui, contando
historinhas pra vocês, relembrando os
meus lindos “papagaios”, os quais, e não sei bem porque; se porque eu sempre os
tratei com muito amor e carinho, eles nunca me “derrubaram”; e poder dizer,
como acabo de dizer agora:-- Começaria tudo outra vez, se possível fosse, meu
amor...
Coronel Maciel.
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