João Ubaldo Ribeiro é
um “bom baiano” que escreve coisas que até “Maria Boa” -- folclórica dona de um
antigo e famosíssimo “bordel” (apresso-me a dizer que ele não mais existe) aqui
em Natal, dantes frequentado por reis, rainhas, deputados, senadores;
aspirantes, tenentes, coronéis, pilotos, copilotos, tutti quanti -- duvidaria.
Mas nem por isso João Ubaldo deixou de pertencer a nossa eclética Academia
Brasileiro de Letras, lugar onde até o Zé Sarney conseguiu entrar, perseguido
pelos seus inefáveis “Marimbondos de Fogo”. Razão pela qual ouso escrever este
meu mais que censurável artigo.
Existe amor, sem sexo? – Para ser mais
“explícito”: existe amor, sem “tesão”? Uns dizem que sim, outros, que não! Amor
sem tesão não é amor, coronel; é amizade; é o que andam dizendo por aí.
Num dos seus mais que “profanos”
livros, Jorge Amado nos conta a história de um dos seus ilustres personagens,
habitante do cais da Bahia de Todos os Santos e do Pai de Santo Jubiabá, que
afirmava conhecer um sujeito que conseguia passar até uma semana ser ter
“relações”. E que “ouvira dizer”, mas
não acreditava, que tinha gente que passava até um mês “sem cumprir com suas
obrigações”.
Com certeza existem
muitas senhoras; respeitáveis senhoras que ficaram viúvas muito cedo, mas que
decidiram passar o restante de suas vidas na mais absoluta castidade; vidas
dedicadas aos filhos de tão saudosa união. Outras, que não conseguem; mesmo
correndo o sério perigo da alma do defunto vir perturbar as delícias de seus
furtivos encontros.
Padres, freiras, bispos
e até mesmo cardeais passam suas vidas inteiras na mais eterna castidade. (Muitos
duvidam desse imperdoável pecado). Mulheres existem que acreditam, ou pensam,
não sei bem como dizer, que a perda dos apetites sexuais dos maridos é perigoso
sinal de perda de amor. E danam-se a interrogar das suas amigas as suas
frequências, e mesmo suas “taras sexuais”. “Amigas” que erram na escolha dos
maridos, mas acertam na escolha dos amantes, geralmente amantes tipo lutadores
dessas lutas marciais, dessas que costumam quebrar dedos, mãos, braços e as “pernas”
dos seus amados gigantes. E, conforme as
mentiras que vão ouvindo, vão aumentando as suas dúvidas com relação ao seu
pobre maridão, achando que ele está atrás das “doidivanas”, para satisfazer suas
fugazes ilusões.
Sábio é o casto, já dizia
o meu xará Santo Agostinho.
Coronel Maciel.
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