domingo, 22 de dezembro de 2013

Você ja viajou num jatinho da FAB?


Você já viajou num jatinho da FAB? -- Num desses bem novinhos, lindos, limpinhos, engomadinhos?  – Não???!!! – Pois veja como é tão fácil! Basta que “sejas” um ministro, um deputado, um senador; ou alguma outra  “otoridade”, dessas tipo:-- “Sabes com quem estás falando?”-- para conseguir o longo voo  desejado! Seja de dia ou de noite; sábado, domingo ou feriado, não importa. Basta um simples telefonema que a mamãe FAB, ou “a viúva”, ou outro nome como queiras a chamar, que na mesma hora serás prontamente atendido! Também não importa para onde: se para uma visita -- e basta dizer que é a serviço da nação – ao ditador Fidel Castro, lá na sua ilha cubana, bem pertinho de Miami; para um lindo passeio à afrodisíaca ilha de Fernando de Noronha; para implante de cabelos na tua cidade natal;  ou para tratar de uma simples dor de barriga, que logo, logo serás tão  prontamente atendido! À mamãe FAB não importa os motivos alegados.

E se por um triste acaso a “safadeza” cair nos ouvidos da imprensa, basta você dizer que vais indenizar a Nação, que tudo estará resolvido! Assim: se fosse utilizado um avião de uma companhia de Taxi Aéreo Regular, do mesmo tipo dos usados pela FAB, irias desembolsar, digamos (não sei o valor exato) dez vezes mais! Então: se ele diz que vai pagar vinte mil à mamãe FAB, iria ter que desembolsar uns míseros duzentos mil à companhia de Taxi Aéreo regular!

Assim fica muito fácil, né? -- E tem mais; o dinheiro que o nobre deputado, ou o nobre senador -- que ganha só de salário, fora outras mordomias, em torno de 120 mil -- vai desembolsar para indenizar a nação pelo passeio nos lindos jatinhos da FAB, somos nós que iremos pagar! – Nós; eu, você, o leite dos nossos filhos; nós, que temos os nossos impostos devidos indevidamente descontados diretamente na fonte, nós é que iremos pagar! (Não sei se me expliquei bem).

 

 “Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste!

Criança! não verás nenhum país como este!

Olha que céu! que mar! que rios! que floresta!

A Natureza, aqui, perpetuamente em festa,

É um ‘seio de mãe’ a transbordar carinhos...” (Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac)

Coronel Maciel.

 

 

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