Eu sempre dizia ao meu
amigo, Coronel Felicíssimo, quando cursávamos aqueles longos e intermináveis
dias frios na Escola de Comando e Estado Maior, naquela “luta renhida, viver é
lutar”, às vezes lutas piores que brigas de foice no escuro, que muitos
travaram, travam e travarão para
chegar às estrelas:- Feliz, desista; --
com esse nome você nunca vai a Brigadeiro! – E tu, José Agostinho, e caíamos na
maior das gargalhadas.
Realmente, é verdade!
-- para chegar a Brigadeiro (não sei se o mesmo acontece com almirantes e
generais) e principalmente a “piloto de caça” (todos chegam às estrelas mui
merecidamente, me apresso a dizer, é claro!) é essencial, além de outras
qualidades, que o pretendente tenha herdado um nome “estrangeirado”, tipo
Blower, Reifschneider, Hofmann, Saito, Sperry, Bhering, Asvolinsque, Lencastre,
Sfoggia, Denizart, Wellington, Pettengill, e muitos e muitos outros nomes de
difícil pronunciar. E a piloto de caça, então, só não vai, se não quiser! Dificilmente,
muito dificilmente mesmo, o cristão que haja herdado um nome aportuguesado; um
Manuel, um Antônio, um Joaquim, consegue por lá chegar.
Mas é graças à religião
tão Católica, tão Apostólica e tão Romana que muitas brasileirinhas são
obrigadas a carregar pesadas cruzes pelo resto de suas espinhosas “vias
sacras”. São tantas as Marias: das Graças, das Dores, das Neves, da Consolação,
do Socorro, dos Céus; Aparecidas, Auxiliadoras, Severinas; até Maria do
Purgatório esse nome eu já ouvi... Só ainda não ouvi Maria dos Infernos.
Maria Dilma Rousseff
Lula de Tantos Infernos, esse nome eu já ouvi. Isso tudo, pra terminar, sem
citar os nomes de santos, santos tão brasileirinhos; brasileirinhos como eu;
não sei se o de vocês também... kk.
Coronel Maciel.
Um comentário:
Não sei se os senhores já “ouviram dizer” -- mas essa questão de nome (não sei se ainda na nossa Marinha de Guerra; mas parece que nas “Marinhas” do mundo inteiro ainda é assim) -- costumava-se dizer que alguns oficiais eram promovidos devido terem “sangue azul"...
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