sexta-feira, 27 de abril de 2012

Que mundo é este meu...


... “Que só me faz amar sem ser amado”... Trabalhei, marchei, voei, suei, penei e hoje não tenho nada, não saio do “miserê”... Aliás, o mesmo acontece com a grande, com a imensa maioria dos pobres brasileirinhos.

Mas há muitas coisas que eu não posso, nem nunca vou concordar, embora seja obrigado a aceitar, é esse negócio de cotas. Eu acho, sou cheio de achismos -- e a chamada Lei Maior, a tal Constituição também acha -- que todos são iguais perante a lei. Agora vêm os doutos ministros do STF dizer que não; nem todos; só certa minoria. Ora, então vamos aumentar essa tal minoria e incluir índios, albinos, judeus, islâmicos; os drogados, os deserdados e toda turma inclusos na sigla rósea--alegre dos GLS e outras tantas que pululam por aí, inclusive, e por que não? -- militares que a toda hora são surpreendidos com transferências e cujos filhos são os mais prejudicados nos seus estudos. A causa é muito, muito fácil de ser defendida; poucos são os que têm coragem de dizer que são contra. Inclusive os “çabios” ministros do STF. Outra coisa: esse badalado Código Florestal; coitadinho do meu querido “Inferno Verde”, minha querida floresta amazônica, cujas planícies eu sobrevoei tanto, pilotando os meus saudosos, corajosos e românticos C-47’s...   Logo, logo ela vai se transformar no grande deserto amazônico. O que dirão de nós os nossos filhos, netos e bisnetos?

Morreu o “DICRÓ”; na realidade eu nem sabia quem ele era. Não gosto, nem nunca vou gostar de “pagodes”, embora depois ficasse sabendo que suas músicas, embora irônicas, irreverentes e coisa e tal não eram tão imorais como essas que escutamos a toda hora, tipo “tira a calcinha dela e mete na rachinha dela...” (apresso-me a dizer que eu não sou nenhum santinho...). Mas eu, é problema meu, continuo preferindo as músicas do Nelson Cavaquinho, Lupicínio Rodrigues, Noel Rosa e outros do mesmo naipe...

Morreu também minhas esperanças de querer salvar o Brasil; “acho” que o Brasil não tem mais jeito não. Ou então sou eu que não tenho mais jeito não; que não consigo me adaptar, me ajustar a esses novos tempos; e quem não se adapta, morre logo... Morreu também um corajoso jornalista, lá na capitania hereditária do Maranhão dos Sarneys, assassinado friamente por matadores de aluguel; dizem que ele “metia o pau” na família do imortal Zé Sarney...

É melhor eu ir ficando por aqui, pois ainda tenho muito que viver...  O sol está brilhante, resplandecente nas águas verdes dos mares de Natal... Vou pegar minha viola, vou cantar noutro lugar... rsrsr.

 Coronel Maciel.