... “Que só me faz amar
sem ser amado”... Trabalhei, marchei, voei, suei, penei e hoje não tenho nada,
não saio do “miserê”... Aliás, o mesmo acontece com a grande, com a imensa maioria
dos pobres brasileirinhos.
Mas há muitas coisas
que eu não posso, nem nunca vou concordar, embora seja obrigado a aceitar, é
esse negócio de cotas. Eu acho, sou cheio de achismos -- e a chamada Lei Maior,
a tal Constituição também acha -- que todos são iguais perante a lei. Agora vêm
os doutos ministros do STF dizer que não; nem todos; só certa minoria. Ora, então
vamos aumentar essa tal minoria e incluir índios, albinos, judeus, islâmicos;
os drogados, os deserdados e toda turma inclusos na sigla rósea--alegre dos GLS
e outras tantas que pululam por aí, inclusive, e por que não? -- militares que
a toda hora são surpreendidos com transferências e cujos filhos são os mais prejudicados
nos seus estudos. A causa é muito, muito fácil de ser defendida; poucos são os que
têm coragem de dizer que são contra. Inclusive os “çabios” ministros do STF.
Outra coisa: esse badalado Código Florestal; coitadinho do meu querido “Inferno
Verde”, minha querida floresta amazônica, cujas planícies eu sobrevoei tanto,
pilotando os meus saudosos, corajosos e românticos C-47’s... Logo,
logo ela vai se transformar no grande deserto amazônico. O que dirão de nós os
nossos filhos, netos e bisnetos?
Morreu o “DICRÓ”; na
realidade eu nem sabia quem ele era. Não gosto, nem nunca vou gostar de
“pagodes”, embora depois ficasse sabendo que suas músicas, embora irônicas,
irreverentes e coisa e tal não eram tão imorais como essas que escutamos a toda
hora, tipo “tira a calcinha dela e mete na rachinha dela...” (apresso-me a
dizer que eu não sou nenhum santinho...). Mas eu, é problema meu, continuo
preferindo as músicas do Nelson Cavaquinho, Lupicínio Rodrigues, Noel Rosa e
outros do mesmo naipe...
Morreu também minhas
esperanças de querer salvar o Brasil; “acho” que o Brasil não tem mais jeito
não. Ou então sou eu que não tenho mais jeito não; que não consigo me adaptar,
me ajustar a esses novos tempos; e quem não se adapta, morre logo... Morreu
também um corajoso jornalista, lá na capitania hereditária do Maranhão dos
Sarneys, assassinado friamente por matadores de aluguel; dizem que ele “metia o
pau” na família do imortal Zé Sarney...
É melhor eu ir ficando
por aqui, pois ainda tenho muito que viver...
O sol está brilhante, resplandecente nas águas verdes dos mares de
Natal... Vou pegar minha viola, vou cantar noutro lugar... rsrsr.
Coronel Maciel.