quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Quem foi ao Pará, parou...


... Tomou tacacá, ficou... Não são poucos militares das bandas do sul que foram servir em Belém, por castigo! -- Por castigo? – Sim, por castigo. Belém, pelo menos antigamente era assim! Quem era “escalado” para lá servir, alguma coisa de errado havia feito... Alguns até diziam, como gozação, eu acho - que quem gosta de mato é veado, e quem gosta de norte é agulha magnética... (Cuidado! – não confundir com esses viados do Kit-Gay do prefeito... rsr.) Mas acabaram ficando por lá, depois que descobriram as delícias das comidas paraenses. E, por que não dizer? - das meninas de lá... -- Casaram com morenas paraenses e se deram muito bem. E nunca mais quiseram sair da lá, da minha doce cidade morena...

 Peço licença para continuar falando de uma figura folclórica na Força Aérea Brasileira! O Brigadeiro Camarão, hoje voando entre as estrelas nos céus... Servimos juntos na EPC do AR, quando eu era Tenente. O Camarão costumava passar noites inteiras trabalhando sozinho, no seu gabinete. Mas não exigia que ninguém o acompanhasse nas suas longas noites mal dormidas... Os dias eram curtos demais para o muito que queria fazer... Foi ele quem fez as grandes melhorias; os novos alojamentos, mais modernos e confortáveis. Laboratório de línguas (ele falava e escrevia fluentemente o grego, além de francês e inglês...). Enfim, tudo o que de bom e moderno existe hoje na nossa Escola Preparatória de Cadetes do Ar.

Naqueles idos de 65, 66,67, isto é, “em plena ditadura”, que tempo bom! Eu era um tenente solteirão, livre e desimpedido... rsrsr.  Às vezes o Camarão me chamava para conversar após o expediente.  Ainda mais depois que ficou sabendo que eu era paraense; e paraense da gema! Ele era um apaixonado pela Amazônia. Naqueles bons tempos, eu lhe dizia que eu só me tornei oficial da FAB porque fui para o Rio terminar a quarta série ginasial, quando também frequentei um cursinho preparatório, lá em Cascadura. Estudava direto e sem descanso... Era o ano de 1956. Dizia-lhe eu: -- Brigadeiro, não tivesse sido assim, eu estaria até hoje empinando papagaio, jogando peteca, pegando pião na unha, jogando peladas nas ruas de Belém, minha doce cidade morena. Naquela época ninguém sabia informar direito, em Belém, como ingressar na FAB. Foi quando ele ficou pensando, pensando; olhando-me com aquele seu olhar inteligente e perguntou se eu “topava” pegar um T-6 ir fazer propaganda da Escola pela Amazônia; aceitei na hora! -- Ainda mais quando ele disse que podia demorar o tempo que eu achasse necessário...

Decolei com o meu T-6 abarrotado com tudo o que havia sobre a EPC. Fui à São Luís, Belém, Santarém, Manaus até Tabatinga, divulgando o máximo possível a Escola. Os pilotos meus conhecidos da FAB, que serviam em Belém, acostumados a voar em aviões maiores e mais bem equipados, ficavam admirados como eu me atrevia a voar, num avião monomotor, em rotas tão longas e “perigosas”... Eu só fazia rir... Antes do pousar, eu dava alguns “rasantes”, fazia algumas acrobacias, como para “avisar” que eu estava chegando... Nos ginásios, nos auditórios, escolas públicas, escolas particulares, até durante uma missa em Santarém, durante um sermão feito por um padre amigo meu, lá estava eu fazendo propaganda da Escola. Dizia às “crianças” que me ouviam e que perguntavam “se era eu quem havia dado aqueles rasantes” que -- para compensar a falta de cursos preparatórios na Amazônia, o Comandante da Escola resolvera também colocar no concurso daquele ano o “Teste de Inteligência”, que era tão ou mais importante que o português e matemática exigidos no concurso; estas matérias, entre outras, dizia-lhes eu, eles iriam realmente aprender em Barbacena...

O meu empenho foi tanto, que o jornal “O Liberal” de Belém publicou na primeira página, com evidente exagero é claro, que: -- Oficial-Aviador-Paraense não quer mais saber de paulistas, cariocas ou gaúchos na EPC... Só paraenses! -- Levei o jornal para o Brigadeiro ler... Ele quase morreu de rir!

Mas valeu a pena. No ano seguinte o Camarão me chamou para comemorar a grande quantidade de jovens paraenses, maranhenses, amazonenses que ingressaram na EPC. -- Muito bem, “Fura Bolo” (era assim que ele me chamava, pois eu cumpria qualquer missão, com qualquer tempo...) -- Nunca tantos “Amazônidas” como este ano... Muito obrigado!

Grande Brigadeiro Camarão...

Coronel Maciel.

 

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Mensagem a Garcia.


 Em 1898, o navio militar USS Maine foi destruído em Havana, Cuba - então colônia espanhola. Os americanos, alegando que o navio fora sabotado pelos espanhóis, exigiram que a Espanha cedesse independência a Cuba. A recusa dos espanhóis causou o início da guerra.  Pelo Tratado de Paris, a Espanha foi obrigada a ceder Cuba, Porto Rico, Guam e as Filipinas aos Estados Unidos. Cuba logo se tornaria um país independente. As Filipinas teriam sua independência em 1945, enquanto Porto Rico e Guam são até os dias atuais territórios americanos.


 Mas o que eu queria lhes dizer, meus prezados ouvintes, foi um pequeno grande caso ocorrido nessa guerra: o Presidente Mac Kinley precisava comunicar-se rapidamente com o chefe dos insurretos chamado Garcia, que se sabia encontrar-se em algum ponto no interior do sertão cubano. Ninguém sabia exatamente onde. Era impossível comunicar-se com ele pelo correio ou pelo telégrafo. Mas o presidente precisava comunicar-se com ele, e isto o quanto antes. Que fazer? Alguém então disse ao presidente: “Há um homem chamado Rowan; e só este homem é capaz de encontrar-se com Garcia”. Rowan foi trazido à presença do Presidente, que lhe confiou uma carta, com a incumbência de entregá-la a Garcia.


Muito bem. De como este homem tomou a carta; meteu-a num invólucro impermeável; amarrou-a sobre o peito, e, após quatro dias saltou, de um barco sem coberta, alta noite, nas costas de Cuba; de como se embrenhou no sertão, para, depois de três semanas, surgir do outro lado da ilha, tendo atravessado a pé um país hostil e entregado a carta a Garcia, são coisas que não vêm ao caso narrar aqui pormenorizadamente. O ponto que desejo frisar é este: Mac Kinley deu a Rowan uma carta para ser entregue a Garcia. Rowan pegou a carta e nem sequer perguntou: "Onde é que ele está?”.


 


Uma vez, faz tanto tempo, o Tomé ainda era vivo... Decolamos de BQ para Congonhas, num “Beech Mata Sete”. Eu e o Tenente Tomé Ribeiro Neto, que faleceu em Barbacena, num trágico acidente com um avião T-6. Após alguns minutos de voo, monomotor... Voltamos, para surpresa do Camarão.


Era um dia de sábado, e a missão era improrrogável. Deveríamos trazer dois professores vindos da França, para uma conferência na EPC do Ar, para os alunos e várias autoridades. O próprio Brigadeiro seria tradutor. (O Camarão, além de Francês e outras línguas, falava e escrevia fluentemente o Grego...). Ele então me chamou e me falou bem baixinho: -- “Fura--Bolo”, era assim que ele carinhosamente me chamava, pois eu cumpria qualquer missão, com qualquer tempo (modéstia à parte... rsrs): pegue o Regente e me traga eles aqui...: -- “Mensagem a Garcia”, Brigadeiro? -- Ele me olhou, sorriu e confirmou com um sim, com aquela sua cabeça bem branquinha...


Congonhas estava fechado "instrumentos". O Regente, vocês conhecem... Decolei de Barbacena e pousei em Congonhas, para surpresa e incredulidade geral... Veio um oficial muito mais antigo que eu me dizer o óbvio: que eu havia cometido uma grave “indisciplina de voo” e que por ordem superior eu estava impedido de decolar. Nestas alturas, com os franceses já a bordo, fiquei na dúvida até onde eu poderia avançar... E avancei, colocando no plano de voo “Operação Militar”...


Chegamos em Barbacena  em cima da hora para o início da conferência, para alegria do Brigadeiro. -- Missão cumprida, Brigadeiro! -- Mas vem "bronca" por aí... Ele sorrindo me despreocupou...


Nesse ínterim, eu fui transferido para Natal; e foi lá que eu recebi um "baita" de um "deveis informar". O Coronel Comandante da Base não aceitou minhas risíveis justificativas... :- -"Teje preso"...


Eu estava escalado para uma missão ao Rio, no dia seguinte. O Coronel, lógico, não queria me deixar fazer a missão, já que eu havia recebido “voz de prisão”... Só depois muita insistência, ponderações e explicações deixou-me ir, autorizando também um pouso rápido em BQ. E, lá chegando, após aquele famoso aperto de mão (quebra dedo, de tão forte) e após me ouvir, disse sorrindo:- -- Pode seguir tranquilo, Fura Bolo. Pode deixar que eu resolvo...


Chegando em Natal, o Coronel me olhou assim meio sem jeito e disse que estava tudo resolvido... Que eu não estava mais preso...


Grande Brigadeiro Camarão, hoje voando entre os anjos dos céus! Nunca me deixaria na mão! Grande homem! Missão cumprida, Brigadeiro!


Coronel Maciel.


 

Um porre de "democracia".


Eu hoje acordei pensando: -- nunca tomei um porre tão grande na minha vida! Um porre tão grande de “democracia”! Fernando Hadadd, o grande vencedor! O novo ídolo dos paulistas! Dona Dilma vai abrir as torneiras e alagar São Paulo de dinheiro. Só tenho pena dos prefeitos eleitos que não rezam pela cartilha do PT. O ACM, neto do ACM da Bahia. O Arthur Virgílio de Manaus; esses vão viver de migalhas, de pires nas mãos. Mas também, pudera! -- Quem mais metia o pau no Lula que o ACM AVÔ? -- O pássaro tucano também metia o pau no Lula, quando senador. Por isso, dona Dilma e o Luiz Inácio se empenharam tanto e pessoalmente durante a campanha para derrotá-lo, mas não conseguiram. A bruxa vermelha Grazziotin, do PC do B, agora reclama e acusa os cabos eleitorais do Arthur Virgílio de agressões e xingamentos: "Me chamaram de bruxa, macumbeira e sapatão"... Sapatão! kkkkkkk... -- Bom; cada qual que escolha os parceiros sexuais que mais satisfaçam seus desejos...

Dona Dilma sabe muito bem que está garantida num segundo mandato; num terceiro, quarto, ninguém sabe... Zé nenhum pode lhe arrebatar a presidência.  A não ser que o Zé Dirceu quando for pra “Papuda” abra o bico e diga tudo o que sabe... -- Aí sim, “a vaca vai pro brejo”... Ou então que o Mitt Ronney vença as eleições e exija que dona Dilma peça desculpas aos americanos pelo assassinato do capitão do exército americano, Charles Rodney Chandler, morto na frente da esposa, Joan, e de seus três filhos. Quem quiser saber maiores detalhes desse vil assassinato pergunte à presidentA Dilma.

E os militares, hein, dona Dilma? -- Quanto mais “caladinhos”, melhor para eles... -- Mais próximos estarão das estrelas; das “adidâncias” no exterior, e outras comissões, bocas riquíssimas...

Bico calado, velho corona! Bico calado não entra mosca... kkkkk

Coronel Maciel.

 

sábado, 27 de outubro de 2012

Lá no meu Cariri...


              “No meu cariri / Quando a chuva não vem/Não fica lá ninguém...

                Somente Deus ajuda... Se não vier do céu/Chuva que nos acuda.

                A Macambira morre/Xiquexique seca/ Juriti se muda...”.  

Já fiz chover nos sertões cearenses... Foi lá pelos idos de 70. Antes da partida para o primeiro voo, no meu garboso C-47--2020, o representante do governo cearense nos dava os últimos detalhes de um plano muito bem elaborado por um professor universitário, especialista “em fazer chover”. Logo em seguida fui apresentado aos que iriam participar do chamado “voo da chuva”. A imprensa inteira se fez presente, curiosa e sensacionalista, tirando fotos, solicitando entrevistas. Iniciamos os preparativos para o "bombardeamento" das “inocentes nuvens”, com a montagem de dispositivos especiais, cuidadosamente arquitetados pelo jovem cientista cearense. A alma do negócio consistia no transporte de oito tambores cheios de águas do mar, saturadas com muito sal e muita esperança... O primeiro voo serviria de teste para as possibilidades futuras, dizia-me o jovem professor-cientista.

Os jornais se encarregaram de divulgar os resultados iniciais, que foram considerados "ótimos", pois choveu, e muito, naquele primeiro e santo dia. Decolávamos e ficávamos horas e horas sobrevoando os pesados cúmulos, enquanto “lágrimas salgadíssimas” eram despejadas nas brancas nuvens que se formavam aqui e ali... Era uma grande esperança, pois a seca é uma “coisa”... Uma coisa horrível... Com a seca vem a fome...  E a fome é cruel; a fome é terrível.

Havia as cidades consideradas “bases de abastecimento” no interior do Ceará, onde pousávamos para reabastecer os tambores. E assim ficamos 15 dias gozando as delícias de estrelados pernoites, num ótimo hotel em Fortaleza, ciceroneados por lindas meninas cearenses molhadas de água do mar e ternamente refrescados com as águas das nossas chuvas...

A minha vida era um vidão, naqueles bons tempos da “ditadura”...
Coronel Maciel.              

Esqueça seu passado, dona Dilma!


Parece até que a senhora está ouvindo os meus conselhos -- hein, dona Dilma? -- Parabéns! Será que houve transmissão de pensamentos? Seria mesmo muita pretensão deste seu velho subordinado querer que a senhora, cheia de tantos afazeres, soubesse da existência deste  tão danado BLOG! Mas, aproveitando esses fortes ventos de cauda, aqui vão mais alguns “lembretes”, para a senhora ir “mantendo a reta”, navegando tranquila, fora das turbulências, voando sempre em céu de brigadeiro!

Primeiramente vou lhe dizer com toda sinceridade: nunca fiz muita fé na senhora. Nunca. Sempre pensei, cá com os meus botões, que a senhora fosse ser para sempre e eternamente um brinquedinho de estimação do seu criador, o Lula que lhe pariu. Mas vejo que não; e vejo com um leve sorriso de satisfação que a senhora tem muita personalidade; é muito mulher; diria mesmo quase um homem... rsrsr..

 E lhe digo mais: esqueça o seu passado. Arrependa-se dele. Só o arrependimento pode modificar o passado, dona Dilma! Jogue fora bem pra longe a sua metade podre que não presta! Olhe só pra frente... Olho vivo no inimigo! Eles estão aí prontos a lhe apunhalar pelas costas e levá-la com eles pra Papuda...

Aproveite todo este cartaz de agora! Esses altos índices de aprovação!  Siga seus próprios passos. Aprenda a “voar solo” neste grande avião Brasil que ainda corre sérios riscos de entrar em parafuso chato, o mais terrível dos parafusos...  Dê um “chega pra lá”; dê uma “ficha rosa”; dê um ponta pé na bunda do Lula, do Zé Dirceu e em todos os ladrões do mensalão. Determine que a “Federal” faça a imediata apreensão dos passaportes, evitando a fuga dos ratões.

Outra coisa, dona Dilma, que lhe peço encarecidamente: -- mande pra puta que os pariu esses falsos defensores de direitos humanos que só pensam em apontar os tropeços dos nossos homens fortes... Nesses “felas” que só vivem de remexer feridas que assim nunca serão cicatrizadas... A senhora sabe muito bem do que estou falando...

Sei o quanto lhe será difícil livrar-se desses cascas grossas que a acompanham de há muito. Livre-se logo deles. Defenda o Brasil com unhas e dentes! Vire uma verdadeira “gata”, e a senhora vai ver que ratos têm medo de gatos e gatas...

Um adeus e até breve.

Coronel Maciel.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Zé Dirceu saiu puto da vida do Palácio do planalto.


Em vias de ser enviado para o presídio da Papuda, Zé Dirceu pediu um particular com dona Dilma. Como vocês todos sabem, os dois agora não se amam mais... 

A conversa foi começando assim: -- Oi, Zé! -- ouvi dizer que você anda querendo me apunhalar pelas costas... Estás querendo mesmo me levar contigo pra Papuda? -- É verdade, Zé? – Olha que eu sou e estou completamente inocente nesse caso do mensalão. -- Mas também, Estela, aqui pra nós, você está irreconhecível. -- Que negócio é esse de ficar tão calada, vendo a gente sendo massacrado no STF? -- O Fidel e o Lula andam putos da vida com você...

Primeiro que tudo Zé, o meu cargo exige respeito! Nada de ficar me tratando com codinomes. Não me faças lembrar coisas que eu luto tanto pra esquecer... Eu estou adorando ser presidenta. E não vejo nenhum Zé na minha frente capaz de me tirar daqui: nem o Zé do pó, nem Zé da serra, nem Zé ninguém nenhum! Tão cedo nenhum Zé vai me tirar daqui...  Só outra revolução.  

– Pera aí, porra! -- Devagar com o andor! ... -- Você pode até se considerar eterna presidenta, mas presidentes mesmo continuam sendo eu e o Lula... -- Deixa de conversa, Zé... -- O Lula já era! -- E vou te dizer mais: vou me juntar cada vez mais com esses generais! Na hora do aperto é só neles que a gente pode confiar: na força dos seus canhões! E tem mais, Zé: esses generais que você chama de milicos, não são o que você pensa, não. Eles são gente! E gente muito mais gente do que todos nós reunidos...  

A conversa foi engrossando, engrossando chegando aos meandros de questionamentos filosóficos: -- Veja bem como são as coisas, Zé; veja o quanto eu mudei depois que eu vi como é gostoso ser a toda poderosa presidenta Dilma Rousseff! – Preste atenção no que te digo: eu ando tão arrependida de tudo o que nós fizemos... Deste nosso passado tão triste, tão cheio de sangue... Maltratamos tanto; torturamos tanto; matamos tantos inocentes... Preste atenção, ex-amor: Jesus Cristo, aquele que eu disse uma vez brincando que nem ele me impediria de chegar à presidência, pode um dia te castigar...  – Ele é filho de Deus! Bem que ele diz para nós amarmos uns aos outros... Vê se você consegue por um pouco de sentimento na tua alma criminosa, nestes anos que vais passar na Papuda... Tu e o Lula... Não ter compaixão é próprio de criminosos, Zé; é próprio do Fidel, do Hugo, do Che Guevara... Próprio de animais, de selvagens, criminosos... -- Estou tão arrependida daqueles tempos em que a maldade desafiava minha compreensão; daqueles tempos que me horrorizavam, mas que me seduziam tanto... Daqueles tempos quando eu representava toda a maldade e hipocrisia do mundo do terror contra os nossos queridos amigos generais... Sem eles eu não seria nunca Presidente da República! – Mas, por que você está ficando assim tão pálido, Zé?

-- Eu vou é-me embora daqui. Mas antes quero te avisar.  Podes ter certeza que nós não estamos gostando nada do que você anda fazendo. Eu mesmo nunca vou mudar. Não vou me meter nestes teus sentimentos; nesses teus arrependimentos e compaixões. Não vou deixar me seduzir.  Arrependimentos não são coisas pra guerrilheiros como eu. Sou cria do Fidel Castro, que nunca teve pena de ninguém, e por isso continua mandando e desmandando em toda América Latina.  -- Te cuida, Estela!

E o Zé saiu correndo, puto da vida da nada amistosa conversa com dona Dilma, no Palácio Encantado do Planalto...

Coronel Maciel.

 

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Dia do aviador! Nosso grande dia!


Há momentos na vida da gente, tinturas de momentos? -- em que sentimos uma tremenda e tão grande falta do passado, que o que mais desejamos é tirá-lo dos nossos sonhos, dos nossos devaneios e abraçá-lo, num longo, muito longo abraço. Abraçar tanto os amigos que hoje estão voando com os anjos dos céus; como abraçar os que ainda estão voando conosco aqui na terra...

Faz tanto tempo, nem me lembro quando, sobrevoando o aparentemente calmo Rio Madeira, brincando de contornar aqueles grandes cúmulos que sobrevoam a “floresta gigantesca”, quando recebo um rádio do Comandante da Base Aérea de Belém cumprimentando nossa tripulação por estarmos em pleno vôo, naquele nosso grande dia! – São essas pequeninas grandes coisas que jamais esqueceremos.

Hoje, “velha águia hangarada”, recordo com saudade, muita saudade mesmo, aqueles idos de 59, quando comecei a voar no saudoso Campo dos Afonsos! Quantas saudades ao recordar aquelas decolagens nos inesquecíveis Fokker’s T-21, logo após o almoço, a temperatura em torno dos 40 graus, na pista 17, “a caveirosa”, desviando dos assustados urubus, aproando as praias da Barra da Tijuca, para treinamentos na pista de Jacarepaguá; outras vezes aproando o “Pico do Couto”, para “toques a arremetidas” na pista Nova-Iguaçu.

Gostaria neste momento “solene e cheio de saudades”, agradecer a todos vocês que se lembraram do nosso dia, e prestar esta minha singela homenagem a todos aviadores; a todos os nossos aviadores que estão agora sobrevoando as nossas florestas, os nossos rios, os nossos furos e igarapés; e a todos os aviadores que agora estão sobrevoando as ondas de todos os mares do mundo.

Parabéns aviadores do Brasil e do Mundo!

Coronel Maciel.

 

 

 

 

 

 

 

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Os postes irônicos do Lula.


Não sei se essas sacadas irônicas, algumas até bem “espirituosas”, são obras da sua cabeça de bagre, ou se é algum espírito santo que fica sussurrando nos seus surdos ouvidos... Se você tentar tirar esse povão que gosta do Lula, alguns até muito bem politizados, como os paulistas que, coitados, ficarem sem opções, entre um “poste” e um “picolé de leite de magnésia”. Povão sabido que gosta de viver num mundo de ilusões; que gosta de viver de esmolas, de bolsas esmola; que gosta de ficar só chupando dedo, tomando cana e fumando crack por aí – se você tentar lhes abrir os olhos, ou fica cego, ou tira-lhes a “felicidade”... -- Mas, pensando bem, quem é que quer enfrentar a realidade? -- Melhor mesmo viver de esmolas. E por falar em esmolas, vocês sabiam que existe um talauxílio reclusão”, ou melhor, “bolsa-bandido”? – É assim: bandido com cinco filhos, por exemplo, além de comer e beber nas costas de quem trabalha, comandar o crime organizado de dentro das prisões, ainda recebe uma bolsa de R$ 3.760,60... -- Paidégua, não é?

Por falar em presos, recebo um “pedido” para respeitar as famílias desses bandidos do mensalão, quando digo que eles vão ser devidamente “encaçapados” quando forem entrando vestidos de véu e grinalda, balançando bolsinhas e de unhas pintadas, na Papuda... -- Mas, ao mesmo tempo eu fico pensando: -- Porra, por que tanta pena? -- Será que eles sentiam pena das famílias que ficaram sem os pais, mortos durante as guerrilhas urbanas na época da guerrilheira, hoje presidenta?  -- Será que hoje dona Dilma sente pena dos que estão aí aleijados, sem pernas, sem braços, arrancados pelos estilhaços das bombas que dona Dilma gostava de jogar na época da “ditadura”, e que hoje recebem a merreca de um mísero salário mínimo, enquanto que outros, como o Chico Buarque, que vive muito bem em seu apartamento de luxo em Paris; esse gordinho da TV Globo e tantos outros intelectuais e “artistas” -- e vocês sabem que o Brasil está cheio de “intelectuais” e “artistas” -- recebem uma grana grossa só porque mentem ao dizer que foram maltratados; que levaram porrada nos “porões da ditadura”; ou só porque  tiveram seus livros e músicas “censuradas”? E que hoje recebem um dinheirão, tudo livre de imposto de renda para ficarem caladinhos? -- Ou só abrir o bico para elogiar esses “postes” do irônico cabeça de bagre?...

É isso aí, minha gente sofrida. Não sei se fico, ou se passo; não sei se me dedico a só martelar “crônicaszinhas suaves” sobre os meus saudosos tempos na Força Aérea; ou se fico metendo o pau e o cacete na dona Dilma e nos postes irônicos do Lula. Não sei; não sei. Só sei que fico no maior medo de não ser “incompreendido”... kkkkkk.

Coronel Maciel.

 

domingo, 21 de outubro de 2012

Minha novela preferida.


Gosto de dar minhas caminhadas pelas ruas do meu bairro; de manhã bem cedo pelas ruas de “Capim Macio”. Muito antigamente aqui havia um Stand de Tiro para treinamento dos pilotos. Foi aqui que aprendi a dar meus tiros de “metralhadora ponto cinquenta” e soltar bombas de variadas libras que equipavam os T6’s armados da ERA-21. Hoje Capim Macio é outro; antigamente não havia esses enormes e horríveis espigões... Capim Macio era uma beleza...

Mas ainda dá pra ver o “orvalho beijando a flor”; ainda dá pra ver o Galo Campina “que quando canta muda de cor”... Vou olhando coisa a granel, “coisas que pra mode ver, o cristão tem de andar a pé”... Como dizia o “Lua”, o Gonzagão..

Vou caminhando sozinho, como gosto de caminhar. Vou olhando essas plantas que vão também “caminhando”, namorando o caminhar do sol; os girassóis ao amanhecer...

Não costumo acompanhar novelas; prefiro ficar relendo meus livros; pra mim, reler é melhor que ler...

Mas hoje recebi um e-mail relatando em pouquíssimas linhas, como eu gosto, a expectativa do Brasil inteiro acompanhando suas novelas preferidas: uma, na ficção, “Avenida Brasil”; e outra na vida real, o julgamento do Mensalão. Acompanhando o desfecho da saga de “Carminha, Nina, Tufão e Jorginho”, retratos fiéis do Zé Dirceu, Genoíno, Delúbio, Marcos Valério e seus parceiros de corrupção. Novelas cujos “artistas” e espectadores são também o Lula e dona Dilma... -- Será que eles deveriam parar e fazer uma reflexão simples das suas vidas? – Mas, petistas que são, se recusam a enxergar, ou melhor, jamais irão enxergar a lição de moral que veio da boca da vilã Carminha: "Eu tenho que pagar pelo que fiz".

Carminha veio do lixão, sofreu injustiças, mas não usou as agruras do passado para tentar ser inocentada das maldades, mentiras e crimes que cometeu. Redimiu-se no final reconhecendo a sua culpa, os seus erros.

Bem diferente do que fazem os petistas da Turma do Mensalão, que apelam para o passado de luta contra a “ditadura”, o sofrimento, as torturas, o exílio - fatos que ninguém questiona (?) - para em nome disso cobrar a absolvição pelos crimes que cometeram e continuam cometendo contra o Brasil. Deveriam ter a grandeza de admitir  suas culpas; mas a vida real é bem diferente de novela...

Porém, pelo andamento do julgamento do Mensalão, e determinação do nosso medalha de ouro “Joaquinzão Barbosa”, é cada vez mais provável que uma cena do capítulo final da Avenida Brasil seja repetida na vida real. Assim como Carminha, a vilã que mexeu com os brasileiros, Dirceu, Genoino, Delúbio e outros petistas se encaminham para pagar pelos crimes que cometeram cumprindo pena na Papuda. Lá, eles terão muito tempo para refletir sobre a lição de moral de Carminha.

Coronel Maciel.

 

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Comissão Nacional da Verdade...


Essa provocativa Comissão Nacional da Verdade começa a investigar “perseguições sofridas por militares que se opuseram à Ditadura”... Um “grupelho de trabalho” iniciou suas atividades no dia 11 de Outubro passado, no Rio de Janeiro, colhendo o depoimento do Brigadeiro Rui Moreira Lima, de 93 anos...  Eu havia até me prometido deixar pra lá esses temas políticos, temas que costumam me dar “dor de cabeça”. Mas volto a publicar uma crônica que escrevi no dia 21 de Novembro do ano passado, intitulada “A Velhice Vergonhosa”; no dia seguinte publiquei outra com o mesmo título, acrescentando “segunda parte”...  Dizia eu:- -

                                                     A Velhice Vergonhosa.

É a pior espécie de velhice; é a mais triste e derradeira surpresa que nos oferece a natureza humana e que costuma atacar aqueles mais fracos, mais débeis, mais desprevenidos; é o que parece ter atacado um dos nossos maiores heróis; líder dos nossos valorosos pilotos na Itália.

“Trinta e um de março de 64... -- As Forças “Amadas” do Brasil estavam em marcha acelerada para salvar o Brasil... -- Base Aérea de Santa Cruz, a Base Aérea mais forte e mais bem equipada do Brasil. O Coronel Rui Moreira Lima, seu comandante, decola para identificar a coluna do General Mourão que estava chegando das Minas Gerais... Moreira Lima sabia muito bem como parar “colunas”, pois já havia feito isto na Itália, contra colunas alemãs. Naqueles tempos ele lutava contra o nazismo, contra o fascismo. Naquela época ele era a favor da democracia... Anos depois, respondendo à pergunta de um repórter se ele “atiraria” no general Mourão, respondeu: -- Quando viram o meu avião, foi um verdadeiro “espalha brasa”; “um verdadeiro pega-pra-capar”... -- Se eu tivesse dado um tiro haveria gente correndo até hoje... -- Mas o avião estava desarmado... -- Eu fazia um simples voo de reconhecimento...”. -- Que coisa mais triste, meu Deus! -- Não sei que força estranha é essa que as alegres esquerdas possuem, forças demoníacas e capazes de fazer um hoje Major-Brigadeiro, como é hoje o Moreira Lima, descer das suas consagradas alturas para vir se juntar aos porcos e dizer que é favorável  à criação desta famigerada comissão da verdade; forças capazes de fazer os nossos honrados comandantes  se manterem tão calados e tão assim com esse olhar de lebres assustadas... Tenho o maior respeito por eles, mas sinto também uma enorme pena de todos eles. Pena por terem eles a obrigação de ser fiéis à dona Dilma...

Um militar; um comandante de Força Aérea, de Força Terrestre ou Força Naval tem obrigação de ser leal ao seu comandante maior; ao “Comandante-em-Chefe”! -- Mas que comandante é essa, uma ex-guerrilheira e que por isso mesmo torna-se incapaz de sair em defesa de uma instituição que foi sua inimiga; uma ex-terrorista que foi nossa inimiga num passado tão recente? E que mente ao dizer que foi por nós torturada? – Torturada o quê, dona Dilma? – Torturada estão sendo as nossas irmãs e os nossos irmãos cubanos, nas mãos do Fidel Castro, o amante espiritual dessas suas alegres esquerdas... -- Como poderá dona Dilma defender uma instituição que -- apesar de todas as agressões que vêm sofrendo ao longo desses últimos anos -- se mantêm nos primeiros lugares perante a opinião pública do Brasil, e por que não dizer do mundo? -- Como ser possível acreditar que os comandantes dessas forças hoje tão desarmadas, tão pobres, tão famintas não fazerem nada, nada, nada vendo o nosso dinheiro se perdendo nas mãos de tanta gente corrupta? Como é possível manterem-se fiéis à uma comandante assim?

Não se pode ser militar e ser feliz ao mesmo tempo, neste Brasil tão grande, tão amado e tão traído...

Coronel Maciel.

Errar é "desumano"...


Esse caso da estagiária que injetou café com leite nas veias de uma senhora idosa, me fez lembrar de uma vez que eu ia de Belém para Brasília; no pouso em Marabá uma alegre senhorita veio me perguntar “que horas nós íamos chegar em Manaus”... -- Mas minha senhora (parece até que era uma “loura”... rsrs) este avião não vai pra Manaus... A senhora pegou o “bonde errado”... O avião que está indo agora pra Manaus é aquele outro que estava ao lado do meu, na hora do embarque...

Há uns oito anos, fui submetido a uma delicada operação para retirar mais ou menos um palmo do ramo ascendente do meu intestino grosso, que pensavam que era câncer... Eu estava numa enfermaria do SUS, no meio de vários enfermos pobrezinhos como eu. A Base Aérea queria me mandar para ser operado no Hospital da Força Aérea do Galeão, um dos melhores lugares para se morrer com certa “elegância” na FAB...  Mas eu disse, reconheço, muito mal educadamente para o muito bem educado diretor do nosso Esquadrão de Saúde, que morrer por morrer eu preferia morrer aqui em Natal mesmo... E disse mais: que o problema não é o avião; o problema é o piloto: o piloto sendo bom, tudo bem... rsrs ). Assinei um documento livrando a cara da “Base”.  Fui operado; não era câncer, e estou aqui “com a boca escancarada esperando a morte chegar, como dizia o Raulzito Seixas”...

Mas, para não fugir do tema, de manhã a enfermeira que veio fazer as raspagens das minhas partes íntimas (quantas cócegas eu sentia... Meu Deus... Cheguei a ficar “nervoso”...) eu vi que ela estava fazendo as coisas erradas: -- Minha senhora, eu disse, eu não vou ser operado da próstata não... --- Não? – Não... -- Espere aí que eu vou ver direito... Na sala de operações eu ainda lembrei ao médico operador o motivo da minha operação... O olho do dono é que engorda a porca... rsrsr.

Uma vez um Bandeirante da FAB decolou da pista que aproa o morro do Pão de Açúcar; a decolagem estava sendo feita “por instrumentos”; mas, talvez na pressa, “a inimiga da perfeição”, os pilotos pegaram a carta de procedimento para decolagem por instrumentos errada; da outra pista; e foram bater de frente no morro...

Outra vez, faz tempo, não se pensava ainda em radares de auxílio para pousos e decolagens, um avião lotado de passageiros, se não me engano europeus, foi “esquecido” pelos controladores de voo na proa de um daqueles morros que circundam o Rio; também entrou “voando” morro adentro...

Em aviação só o perfeito é aceitável, já dizia o Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac, inventor dos “avião” rsrsrs .

Coronel Maciel.

 

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Fernão de Noronha: a ilha dos amores!


Afrodite: a deusa do amor, da beleza e da sexualidade na mitologia grega. Dizem que Noronha é uma ilha afrodisíaca. Aqui no nordeste muitos acreditam -- principalmente aqueles velhos mais “enxeridos” -- que ovos de codorna são afrodisíacos: “Eu quero ovo de codorna pra comer... O meu problema ele tem que resolver...” rsrsr.

Quando fui gozar as delícias oferecidas pela minha santa reserva remunerada, eu ainda não havia perdido o vício de voar; voar, voar, voar, era um dos meus maiores vícios; um deles... Hoje já não posso mais... Fui então voar num “Bandeirante”, ora transportando cartas, jornais, revistas, Sedex dos correios, nos trechos Natal/Recife/Natal, ora transportando turistas de Natal pra Noronha. A minha vida era um vidão!

Um belo dia, era um sábado, dia da nossa folga, quando fui acionado para transportar sete turistas Italianos que haviam fretado o Bandeirante. Eu estava em plena praia, comendo uns belos camarões dourados, acompanhado de “louras geladíssimas”... Mesmo assim, lá fui eu para o aeroporto cumprir com minhas obrigações...

 Na hora do embarque, uma grande surpresa: sete lindíssimas garotas, também “fretadas”, os acompanhavam. Perguntei para o despachante se o embarque das “meninas” estava previsto. Ele disse que não... Mas como o avião estava mesmo fretado, e as garotas eram as coisinhas mais lindas do mundo, autorizei logo o embarque...

Sempre gostei de tocar violão; gosto de cantar uma canção muito orquestrada interpretada pelo Frank Sinatra, “New York, New York”. Outra: “My Way”... Gosto muito também daquelas músicas do fabuloso Nelson Cavaquinho; do Lupicínio; só não gosto de pagodeiras, mesmo esses pagodes metidos a românticos...

Mas voltando ao assunto; durante o voo, (parece que voo não tem mais acento...) com o avião já bem nivelado, voando calmamente em cima das nuvens, quando vem uma das meninas, completamente “à vontade”, com aquele perfume de mulher, me perguntar se elas poderiam fazer um desfile pelo corredor do Bandeirante... Ora, o corredor do Bandeirante vocês sabem o tamanho que ele é... 

Aprovei de imediato a grande ideia; mas nas seguintes condições: desde que elas viessem até bem pertinho das manetes, para que eu pudesse avaliar melhor seus desempenhos na passarela...  Elas riram e iniciaram o desfile... Que beleza... Os italianos deliravam... Voavam...

Passamos uma noite e tanto em Noronha; arranjei logo um violão e nos divertimos muito. “Amore, amore”, cantavam os Italianos. -- New York, New York cantávamos nós. Nunca vi tantas latinhas de cerveja na minha vida. No auge da brincadeira, uma das meninas sentada ao meu lado gritava alto:- - Acaba agora não, mundo bom!!! Kkkkkkkkkkkkkkkkkk...

Na volta, domingo à tardinha, voando num topo bem definido, eu mostrava às meninas o sol se pondo lá na frente, dourando as nuvens, antes que a noite transformasse aquele "ouro azul" em "carvão"...

Que tempo bom!

 
Coronel Maciel.

 

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Um grande amigo meu: Coronel Corisco!


Foi na época da "Nova República", das eufóricas "esquerdas", da era Sarney... Eu servia no Segundo Comar, em Recife, quando o Brigadeiro Castelo Branco, hoje voando entre as estrelas dos céus, foi intempestivamente "demitido" do Comando, por ordem dos novos donos da FAB... Como eu era seu Chefe de Gabinete, fui "pará' em Belém do Pará... De Belém, logo outra transferência, desta vez para Brasília, quando, revoltado, escrevi um artigo que me proporcionou 15 dias de cadeia, sem fazer serviço... Novo castigo, nova transferência, desta vez de Brasília para o Rio, onde dei meus últimos suspiros na minha querida Força Aérea Brasileira. Desisti; queriam mesmo me “expulsar da FAB; abusaram demais... Mas foi tudo por culpa minha mesmo; culpa dessa minha alma agreste, cheia de arestas. Hoje eu só quero paz no meu coração... “Quem quiser ser meu amigo, que me dê a mão...” rsrsr...

Chegando ao Rio, fui procurar abrigo no cassino da Base Aérea do Galeão. Dando uma olhadinha na lista de hóspedes, lá encontrei o nome do Corisco...:- - É neste quarto mesmo que eu vou ficar, disse para o ”estalajadeiro”... Bati no quarto (eu trazia comigo um violão, duas tristezas na mala e muita saudade de casa...). Corisco me recebeu com um longo abraço:- - Mano velho, você por aqui?!-- Fiquei sabendo das sacanagens que fizeram com você... Seja bem-vindo ao seu novo lar... kkkkkkkkkkkkkkk e soltou uma das suas mais  gostosas gargalhadas!

Corisco já estava um pouco meio "melado" (era um domingo, à noitinha...). Perguntou se eu aceitava um cabo, ou um sargento... (um cabo, queria dizer dois dedinhos de pinga; um sargento... três). Não demorou muito, e já estávamos cantando as músicas do Luís Gonzaga, músicas que ele adorava tanto! Houve uma hora em que ele não resistiu de tanta emoção e largouo maior "Dó de Peito”:- - "Só deixo o meu Cariri... No último pau de arara...” Hoje eu não bebo tanto quanto eu gostava de entornar naqueles tempos. Mas naquela época, sim!-- E bota sim, nisso... Mas eu só gostava de cerveja; ele, de bebida quente! Quentíssima! Rsrsrs. No dia seguinte ele me fez a maior surpresa. - Entrei no quarto e dei de cara com meia dúzia de engradados de “Pilsen Extra”!-- Dúzias e dúzias de “felicidade engarrafada”... Um fogãozinho elétrico para fazer uns tira-gosto e um freezer... Era o bastante pra matar minhas saudades...

Foram boas noitadas de muita conversa e muita seresta durante o tempo em que ficamos hospedados na querida Base Aérea do Galeão. Corisco gostava de lembrar suas hilariantes “histórias” na Força Aérea. Uma delas foi quando ele foi buscar um caminhão no Rio para levá-lo para Fortaleza. No pernoite em Recife, após um noitada boa no bairro boêmio do Pina, ele acordou tarde da manhã "só de meias...":-- Levaram tudo, mano velho...  dizia morrendo de rir...

Ele gostava muito das histórias de Lampião:- - “Volta-Seca”, solte os presos, que o mundo já é prisão... Corisco lembrava o velho Corisco, da turma de Lampião... Daí o porquê dele ser mais conhecido como "Corisco", o nosso saudoso Coronel Intendente Eraldo Correia de Lima, hoje com toda certeza gozando as delícias de morar no céu, quem sabe até um pouco "melado", degustando os vinhos dos Deuses, na companhia dos anjos e das mais belas virgens: brancas, louras, negras, mulatas ou morenas, cantando hinos Gregorianos, nas suas boas noitadas nos céus...

Espere por mim, mano velho!

Coronel Maciel.

Vamos hoje construir aeroportos!


Não vou agora ficar mais só jogando pedras nos telhados do Palácio da dona Dilma lá em Brasília. Não vai adiantar de nada mesmo... Dona Dilma não jogava pedras nos telhados da “ditadura”. Não! -- Dona Dilma jogava logo era bala; muita bala! Era bala por todos os lados até chegar aonde chegou: PresidentA do Brasil!

Bobagem, velho corona! Deixa de ficar falando bobagens e passa a falar daquilo que sabes um pouquinho mais; fala das coisas, dos casos, das glórias da tua Força Aérea Brasileira!

Então, vamos lá; vamos falar, por exemplo, da COMARA! Poderia falar do ITA, da EMBRAER; do CLBI, Centro de Lançamentos de Foguetes na Barreira do Inferno aqui em Natal; de tantas outras coisas. Mas vamos, voando, construir aeroportos!

Vamos falar da Comissão para Construção de Aeroportos na Região Amazônica: COMARA, A QUE CONSTROI! Com a desativação dos Catalinas, havia a necessidade urgente de construção de aeródromos naqueles distantes rincões só atingidos por aviões anfíbios. Não servi diretamente na COMARA, sediada em Belém do Pará, mas tive oportunidades de cumprir várias missões em proveito daquela decisiva e incansável comissão, quando pude observar o trabalho gigantesco desenvolvido pelos seus militares e civis. Levando, naquela época hoje tão distante de mim, dinheiro para pagamento da “peãozada”. O dinheiro ia “contadinho” em sacos de lona, e o cadeado era um nó... Imaginem o que é construir uma pista de pouso para aviões supersônicos, no meio da floresta! Lá em São Gabriel da Cachoeira, no alto Rio Negro!-- Ajudando o projeto SIVAM, “Radares Vigilantes da Amazônia”! – Colaborando nas obras da “Calha Norte”.

É por isso que hoje, mesmo na reserva, não me canso de prestar esta justíssima homenagem a uma Comissão criada para enfrentar os desafios de uma área equatorial imensa, com todas as limitações daí advindas: limitações dos solos utilizáveis, limitações de um severo clima quente e úmido; convivendo com as febres, as malárias, chuvas torrenciais, com tudo contra, a COMARA soube multiplicar-se, venceu as barreiras das distâncias, ajudada pelos saudosos C-47 e os audazes Catalinas, hoje pelos possantes Hércules C-130.

Cobiçada Amazônia! -- Ameaçada região sempre a exigir mais e mais apoio infraestrutural; sempre exigindo mais e mais apoio dos nossos aviões, dos nossos desbravadores militares e civis, num trabalho constante e interminável, sempre serás nossa e dos nossos filhos... Nunca esquecendo que o desafio amazônico só poderá ser vencido seguindo os exemplos dos nossos heróis do passado, vivificados no presente e necessariamente renovados no futuro!

Parabéns, meus amigos da COMARA!

Coronel Maciel.

 

 

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Homenagem ao meu filho professor.


E a todos os professores, professoras, professorinhas por este Brasil afora... Parece que estou vendo multidões de alunos; de idosos, jovens, adultos e crianças que se comovem ao reverenciar tua austera, paternal e honrada figura! Todos nós compreendemos e sentimos tua luta, luta diária que se confunde com a luta de todos nós. Num constante dorme, acorda, levanta, trabalha e volta pra dormir de novo, numa luta sem fim, até o fim...

No teu caso bem especifico, ó extremado mestre, tua luta se reveste de aspectos singulares: quantas vezes deixas em casa a dor; a decepção; a frustração, a doença e assomas ao portal da tua sala de aula com sorrisos nos lábios, distribuindo otimismo, confiança, segurança; esperanças de prosperidade, de bem estar, enquanto nós pais sabemos que o espartilho de um salário avarento te obriga a um racionamento indigno no comer, no vestir, no educar teus filhos, tua família!

Parece que estou te vendo agora rodeado -- ó meu filho, meu irmão, meu professor -- rodeado de crianças, criancinhas, de jovens, do mundo inteiro, nas mais belas escolas das grandes cidades, nas escolinhas dos tapiris das várzeas, nas palhoças das montanhas, todos atentos às sabedorias das tuas palavras, dos teus conselhos, das orações que saem dos teus lábios a todos nós, pássaros carentes de alimentos vivificantes que a ave-mãe nós transmite pelo bico!

Tenhas certeza que o Brasil inteiro; deste nosso povo do qual és parcela importantíssima se associam aos teus alunos, pedindo a Deus que ti dê, a ti e a tua família, a maior felicidade, a mesma felicidade e esperança que transmites aos teus alunos, quando falas emocionado sobre o futuro da nossa pátria estremecida!

Do teu pai e amigo, Coronel Maciel.

Saudosos Pelotões de Fronteira, hoje tão longes de mim...


Esse caso do “Lewandowski” que inocentou o João Paulo Cunha, um dos reis dos “Petralhas”, mas negou “Habeas Corpus” a um coitado de um pescador que foi condenado há um ano e tanto de cadeia somente porque pescou 12 camarões em época de “defeso”; defeso vocês sabem o que é, né? – E isto acontecendo num país onde estão vendendo e comprando tudo e de tudo: usinas, empresas, jazidas, almas, consciências...

Mas como eu ia dizendo, este caso me fez lembrar outro caso acontecido na época da “ditadura” -- e lá vem eu falar mal dos “ditadores” -- um caso “assaz” (assaz... rsrs) interessante; foi assim:

Estávamos voando de Manaus para Forte Príncipe da Beira, transportando uma comitiva do Exército. Um General acompanhado de todo o seu Estado-Maior.  Ao chegarmos, ofereci ao general a cadeira do meu copila e ficamos sobrevoando aquela beleza de Forte, construído nos últimos anos do século XVIII, e imaginando com os meus botões como foi possível trazer aquelas coisas todas, todas aquelas cantarias desde Belém, rios acima; os canhões de bronze, as pedras, pois nas margens do Rio Guaporé não há pedras; que tarefa titânica; sem paralelo. Sem a Comara, a Comissão encarregada da Construção de Aeroportos na Região Amazônica; sem os possantes cargueiros Hércules C-130; enfrentando as febres equatoriais; enfrentando as arremetidas dos castelhanos!

Mas nada, nada, nada conseguiu impedir que brasileiros e portugueses, de mãos dadas, levassem a cabo este incrível empreendimento da história da nossa colonização...

Pousamos e fomos recebidos pelo Tenente Comandante do Pelotão. No almoço, vejam que grande surpresa: -- Como foi, onde foi que o tenente havia conseguido aquelas pedras tão preciosas? -- Pedras que estavam servindo de piso, num improvisado "restaurante" nas margens do rio Guaporé?

Na hora do rancho, fomos servidos com uma suculenta tartarugada; que delícia...  Foi quando olhei para o general, que gentilmente mandou que eu ficasse ao seu lado, começando a ficar vermelho quando o tenente informou que havia tirado aquelas pedras "daquele Forte, ali abandonado"... -- E as tartarugas? – O senhor não sabe que está proibida a pesca de tartarugas? – Desabou sobre nós um temporal silencioso e desconfortável... Coitado do tenente...

 Tentando aliviar a situação do atencioso, mas ingênuo comandante de pelotão, tenente ainda novinho, eu disse ao general que, se nós não pegássemos as coitadinhas das tartarugas, os Bolivianos, do outro lado do rio, iriam se fartar...: -- É; explica, mas não justifica... -- Vou levar este caso ao conhecimento do general Figueiredo, meu colega de turma, meu amigo particular, e haveremos de restaurar este Forte; aliás, ele é o único quadro, pintado a óleo, que existe no meu Gabinete...: -- Uma ótima ideia, general, disse eu tentando aliviar as tensões, mas já meio desconfiado e temeroso de levar também uma boa “mijada” do, na verdade, mais amigo e conselheiro, que “general”...

No dia seguinte decolamos para visitar outros Pelotões de Fronteira. Durante o voo fiquei imaginando como é dura a vida naqueles longínquos Pelotões...

Coronel Maciel.

domingo, 14 de outubro de 2012

Círio de Belém.


Estávamos no auge da “Ditadura”. E me vejo cumprindo uma missão transportando o ministro das comunicações Higino Corsetti numa longa viagem pelo interior do norte/nordeste, naquele grande esforço que os “ditadores” faziam para melhorar as comunicações por este imenso Brasil, Brasil que não “falava” com ninguém... Nem o norte com o sul nem o este com oeste... Acompanhava o ministro sua esposa, pois nos muitos municípios onde eram instaladas as torres e linhas de transmissões dos sinais, os prefeitos também se faziam acompanhar das suas respectivas...


Num dos nossos pernoites, foi em Fortaleza, fiquei sabendo pelo ajudante de ordem do ministro que o casal completaria 25 anos de casados, no dia seguinte. A missão era feita no popular C-47, vulgo Dakota, equipado com “confortáveis” poltronas, e o meu “copila” era o meu grande amigo tenente Alcântara. Bolamos então um “audacioso” plano que, se desse certo, nos renderia bons frutos...


Mandei comprar 25 rosas vermelhas “gigantes” e fizemos um cuidadoso “briefing” antes da decolagem para Teresina. O taifeiro de bordo, também um ótimo corneteiro, era um “criolão” (por favor, dona Dilma, não mande me prender! Criolão, eu digo muito carinhosamente, sem conotações pejorativas...) muito aprumado nos seus quase dois metros de altura e vestido todo de branco... Era muito orgulhoso da sua nobre profissão. Ele ficaria segurando as rosas; eu ofereceria as “vermelhonas” à esposa do ministro, e o Alcântara faria o discurso..


Voávamos bem alto, no topo das nuvens, evitando fortes turbulências.  O piloto automático ligado (que perigo...). Acordamos o casal e, muito educadamente, ofereci à senhora as 25 lindas rosas vermelhas (quase que ela chorava de tanta surpresa e emoção...).  O Alcântara então “abriu o verbo”, contumaz que era “em faltas dessa natureza”... Pois muito bem; dali em diante demos adeus aos pernoites nos alojamentos dos nossos pobres Destacamentos, passando a pernoitar nos melhores hotéis, comendo do bom e bebendo do melhor... Um dos pernoites foi em Belém, exatamente no dia do Círio, com o casal apreciando  procissão -- vagarosa, parecendo imensa cobra humana se arrastando pelo chão --  da sacada do hotel na Avenida Presidente Vargas.


E durante vários anos, por ocasião das festas natalinas, eu recebia uma caixa de vinhos de uma pequena fábrica que o ministro possuía, lá pras  bandas dos pampas gaúchos. E um cartão de boas festas assinado pelo simpático casal.


Era nos bons tempos da “ditadura”...


Coronel Maciel.


 

Alguma coisa acontece...


Alguma coisa acontece no meu coração quando eu vejo tanta bandalheira, tanta coisa errada acontecendo no meu querido Brasil. Eu não era uma criança muito bem comportada; não! Fazia coisas do arco da velha! Mas coisas que toda criança normal gostava de fazer em Belém; empinar papagaio, jogar peteca; pegar pião na unha, peladas com bolas de meia; “roubar” frutas tão gostosas de roubar pelos quintais da vizinhança; coisinhas assim. Mas não gostava de ir às missas todos os domingos; nos dias santos e santificados; nem de viver rezando terços; nem de ficar debruçado nos livros... Minha avó então me chamava para contar a história de um menino que, agora um rapaz, havia sido condenado à morte, e no dia azarado, ao se despedir do pai, em vez de um beijo, arrancou-lhe foi um pedaço da orelha, jogando-lhe toda a culpa de ter sido condenado, porque não ter sido bem educado; ter crescido com as rédeas soltas; sem limites. Eu ficava com medo, mas não me corrigia... Mas acabei me corrigindo, depois de meter os cornos nos livros e mais por culpa dos que se deixaram enganar, ao mui elevado posto de Coronel-Aviador, hoje na reserva e ganhando menos que um ascensorista de elevador do senado federal!  Não sei se me explico bem... rsrsr.

Sempre me entristece ver o desmoronar de uma crença; o desmoronar de famílias tradicionais; o desmoronar de um partido político, como acontece hoje com o PT. Todos nós sabemos como foi fundado o PSDB do Zé Serra e do FHC.  Para os que não sabem, foi assim: no governo desastrado do Sarney, o hoje dono da capitania hereditária do Maranhão, houve uma época que ele estava tão mal, tão perdido, tão desacreditado, tão por baixo, tão fudido, que urgia uma imediata providência. Inventaram então o “Plano Cruzado”. Salvava-se a economia do Brasil com um remédio inusitado: Decreto-Lei. Criaram os “Fiscais do Sarney”. Zeraram a inflação. Bom; não vou agora descrever todas as malandragens costumeiras do Sarney. Mas, encurtando a história: Sarney conseguiu eleger 22 governadores e a grande maioria dos constituintes. Mesmo que para isso tenha reduzido nossas reservas cambiais em algo no entorno de sete bilhões de dólares, o que era muito dinheiro naqueles malditos tempos. Foram tantas as sacanagens feitas que dariam para escrever um livro grosso.  O PMDB elevava-se aos “píncaros da glória”...

Mas a alegria durou pouco, como duram pouco os castelos construídos nas areias da beira do mar. Quando viram que o barco estava afundando, ratos pularam fora e fundaram o PSDB: o partido de ratos fujões...

O PT quando foi criado não era um partido só de bandidos, como nos parece hoje; não! Nada disso! Havia muita gente boa nas suas “hostes”. Mas erraram quando fizeram o mesmo que fizeram os ratos que fugiram do PMDB. Quando aqueles homens e mulheres que ajudaram a criar o PT -- pessoas dignas, de caráter, probos, íntegros, corretos -- perceberam que estavam sendo iludidos, enganados pelos dois maiores filhos da puta do mundo, o Lula e o Zé Dirceu, dois “felas” que só traiam a “ideologia” de um partido que julgavam o partido certo para implantar seus “sonhos”; quando perceberam que o único objetivo dois era o de alcançar a qualquer preço o “poder pessoal”, cometeram um grave erro: pularam para fora do barco e foram fundar outros partidos com os mesmos ideais que inicialmente norteavam o PT. -- Erraram! -- Deveriam, isto sim, ter expulsado, defenestrado, capados os dois, qualquer coisa assim; mas não: foram embora, deixando o PT nas mãos dos dois bandidos.

Os que resolveram continuar no barco, inocentes úteis (?), estão aí sendo julgados e condenados pelo STF. Não perceberam que estavam sendo vítimas do esquema mais tenebroso já bolado no Brasil. Mal comparando, da mesma forma que os criminosos nazistas que -- para se inocentarem -- diziam que não sabiam de nada; que cumpriam ordens do cabo Hitler...

Fiquei mesmo com muita pena, muita pena mesmo da Miruna Genoíno, solidária com o sofrimento do pai numa carta lida pelo senador Suplicy, que até chorou lá do alto da tribuna do senado, o bebé chorão...

“Me desculpe”, Miruna: mas não acredito na ingenuidade, nem na inocência do seu querido pai, embora acreditando que ele, como você nos afirma, seja um pai amoroso, avô dedicado e apaixonado pelos netos e coisa e tal. Mas não acredito nem um pouquinho em tanta ingenuidade... Me desculpe, sim?

Vou ficando por aqui; vou ligar a televisão e assistir ao Círio de Nossa Senhora de Nazaré, na minha querida cidade morena de Belém do Pará, a maior festa religiosa do norte, quiçá do Brasil!

Coronel Maciel.

 

 

 

sábado, 13 de outubro de 2012

Absolvido por falta de provas...


Não sei o que se passa na cabeça dos eleitores paulistas. Com tanta gente boa e capaz para dirigir a “locomotiva”... -- Se eles soubessem, ou se pudessem “eleger” algum Comandante desses Briosos Batalhões de Engenharia, hein! -- Batalhões que não roubam e constroem e ainda sobra dinheiro! -- Ou da COMARA, a Comissão de Aeroportos da Região Amazônica! A COMARA constrói!

 -- Estou brincando, hein? -- Deixa esses milicos em paz, sossegados... Chega de promessas... Chega de doenças de nascença, velho corona!

 Eu não tenho mesmo que ficar metendo a colher na panela dos outros. Morei alguns anos em São Paulo, mais precisamente em Pirassununga, terra do “Curimbatá”. Gostei da cidade logo à primeira vista. Lá se vão mais de quarenta e cinco anos! Eu era então um tenente pica fumo, e dava instrução de voo para cadetes do último ano, nos meus saudosos aviões T6’s, machos mesmos, no Destacamento Precursor da hoje Academia da Força Aérea, AFA. Que tempo bom! 1964... Hoje os aviões não são mais T6’s, são Tucanos, muito mais bem equipados. Uma vez por mês eu montava num T6 e lá ia eu, noite adentro, sem piloto automático, radares ou GPS, noivar em Natal... Saia nas sextas, após o expediente, “noturnão”, conversando com as estrelas, com a obrigação de estar pronto para o serviço às oito da manhã, da segunda, pra começar tudo de novo. Voando a 240 km por hora... Não é mole...

Bom; não tenho nada com isso deles gostarem do Zé Serra, do Lula, do Haddad e outras figurinhas difíceis... Mas é de lá que pode sair o futuro presidente; ou quem sabe, de Minas; ou do Maranhão; Sarney de novo; Collor de novo; o próprio Lula; a própria Dilma... Ninguém sabe; ninguém sabe quem vai morar na Papuda... Nem Deus sabe, e olha que Deus sabe tudo! Ninguém sabe se será “amigo ou inimigo”... Eu não gosto do Zé Serra porque ele não gosta de mim, nem eu gosto dele. Acho que ele nem quer saber se agente existe... Poucos sabem das travessuras, das sacanagens que ele fazia quando todo poderoso chefão da UNE; das sacanagens que ele aprontava com os “generais”; com os tripulantes dos jatinhos da FAB: sujava com restos de comida, com jornais picados o piso dos aviões e mandava que os pilotos depois limpassem, dizendo: “Já que vocês não fazem nada, mesmo...” -- Ah se fosse comigo! -- Ai, ai, ai, se fosse comigo... Enfiava-lhe... – Se fosse comigo o quê, velho corona?! -- Medo, coragem, heroísmo, covardia, questões de momento... Depende da hora... Deixa pra lá...

O Haddad eu não conheço nem um pouquinho; não sei das suas “segundas intenções”; sei que ele, assim como dona Dilma, são criações do Lula; criações que nos deixam sempre com o “pé atrás”. Sei que metem o pau nele por causa de um tal “Kit Gay”, e confusões nos exames do ENEM.

O Russomano, coitado, eu pensei até que ele ia levar; mas depois o negócio ficou tão “russo” pro lado dele que acabou despencando das alturas... É mais quem quer agora lhe pegar as sobras na “segundona”. O PMDB do Michel está cobrando alto, altíssimo, pelo passe; para entrar na panelinha do Lula e do Haddad, caso o PT leve a prefeitura...

E ainda mais essa agora do ex-deputado Professor Luizinho, do PT, absolvido no julgamento do mensalão dizer:- - Só falta a vitória do PT para “lavar a alma”, diz ele, absolvido “por falta de provas”...

Vou lhes contar muito rapidinho essa proibida para menores, ou para os “hipócritas enrustidos”; sei que muitos a conhecem:

Um marido corno desconfia que a esposa o trai. Um belo dia resolve segui-la na rua; vê quando ela e o amante se encontram; vê quando eles se dirigem ao motel; pelo buraco da fechadura, vê quando os dois se abraçam, se beijam e começam a se despir; vê o cabra com a espada em riste; louca de  tesão, a mulher tira a roupa e joga a calcinha para o lado; a calcinha se enrosca na maçaneta da porta e bloqueia lhe  a visão...  O marido não consegue ver mais nada... Logo, não há provas cabíveis de que a esposa cometeu adultério... -- CQD: Como Queríamos Demonstrar, Professor Luizinho... kkkkk   

O meu amor pelo Brasil é muito grande; e a minha raiva é muito magra, miudinha, pequenina...  Vou ficando por aqui...

Coronel Maciel.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Bebé chorão.


“Eu sou um bebé chorão/ chorão,chorão,chorão/ quando começo não para de chorar/ chorar,chorar,chorar...”

Vejam só o “poder de síntese”, descrito num e-mail que acabo de receber:

                    CLÁSSICOS DA LITERATURA.

           Romeu e Julieta: Shakespeare.

Dois adolescentes doidinhos se apaixonam,

mas as famílias proíbem o namoro, as duas

turmas saem na porrada, uma briga fodida,

muita gente se machuca. Então, um padre filho

da puta tem uma idéia idiota e os dois morrem

depois de beber veneno, pensando que era

sonífero.

Fim.

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Gustave Flaubert:

Madame Bovary.778 páginas.

Uma dona de casa mete o chifre no marido e transa com o padeiro, o leiteiro, o carteiro, o homem do boteco, o dono da mercearia e um vizinho cheio da grana. Depois entra em depressão, envenena-se e morre.

Fim.

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Leon Tolstoi

Guerra e Paz. 1200 páginas.

Um rapaz não quer ir à guerra por estar

apaixonado e por isso Napoleão invade

Moscou. A mocinha casa-se com outro.

Fim.

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Marcel Proust:

À La recherche du temps perdu. 1600 páginas.

Um rapaz asmático sofre de insônia porque a

mãe não lhe dá um beijinho de boa-noite.

No dia seguinte (pág. 486 vol. I), come um bolo e

escreve um livro. Nessa noite (pág.1344, vol.VI)

tem um ataque de asma porque a namorada (ou

namorado?) se recusa a dar-lhe uns beijinhos.

Tudo termina num baile (vol. VII) onde estão

todos muito velhinhos - e pronto.

Fim.

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Luís de Camões:

Os Lusíadas.

Um poeta com insônia decide encher o saco do

rei e contar-lhe uma história de marinheiros que,

depois de alguns problemas (logo resolvidos por

uma deusa super gente fina), ganham a maior

boa vida numa ilha cheia de mulheres gostosas.

Fim.

*********

William Shakespeare

Hamlet

(Essa é foda…)

Um príncipe com insônia passeia pelas muralhas

do castelo, quando o fantasma do pai lhe diz que

foi morto pelo tio que dorme com a mãe, cujo

homem de confiança é o pai da namorada, que,

entretanto, se suicida ao saber que o príncipe

matou o seu pai para se vingar do tio que tinha

matado o pai do seu namorado e dormia com a

mãe. O príncipe mata o tio que dorme com a

mãe, depois de falar com uma caveira e morre

assassinado pelo irmão da namorada, a mesma

que era doida e que tinha se suicidado.

Fim.

********

Sófocles: Édipo-Rei.

Maluco tira uma onda, não ouve o que um

ceguinho lhe diz e acaba matando o pai,

comendo a mãe e furando os olhos.

Por conta disso, séculos depois, surge a

psicanálise que, enquanto mostra que você vai

pelo mesmo caminho, lhe arranca os olhos de

cara em cada consulta. Parada muito doida.

Fim.

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William Shakespeare

Othelo

Um rei otário, tremendo zé-roela, tem um amigo

muito filho da puta que só pensa em fazê-lo de

bobo. O malandro, não ganha um cargo no

governo e resolve se vingar do rei, o convencendo

de que a rainha está dando pra outro. O zé

mané acredita e mata a rainha. Depois descobre

que não era corno, mas apenas muito burro por

ter acreditado no traíra. Prende o cara e fica

chorando sozinho.

Fim.

Pronto! Você economizou a leitura de pelo menos 7.000 páginas e R$ 1.500,00 em livros, e agora pode comprar tranquilo a sua coleção de Caras ou Playboy!

Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk... Gostei! -- Derrubaram o meu maior ídolo da literatura, o grande bardo inglês. Logo eu que “era” (com essas nem sei se continuo sendo...) seu mais assíduo leitor...

Agora só mesmo chorando lágrimas de crocodilo. Lágrimas do senador Suplicy, marido da Marta, seu ex-amor, aquela que relaxa e goza...

Eduardo Suplicy, paulista quatrocentão, rico, riquíssimo, filho de cafeicultores, alta linhagem, descendente de “conde”, membro do ramo ítalo-brasileiro da família Matarazzo, resolveu se tornar defensor dos pobres, probíssimos “trabalhadores do Brasil”. Atualmente é senador pelo PT, partido que ajudou a fundar e que se tornou o partido que mais traiu os trabalhadores do Brasil... Suplicy gosta de apelar para os sentimentos. Gosta de chorar.   Em 2005, quando foi passado um abaixo-assinado no Senado para a formação de uma CPI que acabaria por desvendar esquemas de corrupção presentes no governo Lula, Suplicy chorou quando assinou a lista. Hoje chora na tribuna do senado ao ler uma carta, carta também cheia de lágrimas, escrita pela filha do ex-presidente do PT José Genoino, Miruna Genoino, em defesa do pai, condenado pelo STF por corrupção ativa no mensalão. Coitadinho do Genoino...

Coronel Maciel.

PS:- - Vou recomeçar; vou tentar viver; vou me mancar e deixar de “apor” merdas no meu  ventilador... kkkkkkk.