domingo, 29 de junho de 2014

Voando e conversando com estrelas.


                             Voando e conversando com estrelas.

(Há muito de poeta nos pilotos...)

Ontem, naqueles velhos tempos da aviação romântica, tempos “idos e vividos” nós realmente pilotávamos aviões. Hoje, nem tanto. Hoje os pilotos monitoram os seus computadores de bordo. Estes, sim, são seus verdadeiros e “ilegítimos” pilotos. Antigamente havia de tudo nos “meus” aviões:- piloto, copiloto, mecânico, radiotelegrafista, navegador, artilheiro de cauda, de nariz, operador de radar, bombardeador; às vezes até capelão! Era tanta gente a bordo, principalmente nos aviões de bombardeios: -- B-17, B-26, B-29, o “Enola Gay” do coronel Paul Tibbets, o que lançou a bomba atômica sobre Hiroxima. Hoje, não; hoje os pilotos fazem tudo e de tudo. Só falta chegar o dia quando farão também o papel de comissários de bordo, com o avião nas mãos do PA (Piloto Automático). O GPS, o Transponder, ILS, as bombas e os mísseis guiados a “laser”, e tantos outros equipamentos, ajudam muito.  Os rádios hoje falam com o mundo inteiro. Quanta diferença daqueles tempos do “dididada” dos sinais telegráficos.

 Quando tenente “pica fumo”, eu passava horas, dias, meses, anos dando instrução de voo no Estágio Avançado para os cadetes do último ano, na Academia da Força Aérea, em Pirassununga. Eram quatro, às vezes cinco duplos por dia: partida do motor, rolagem, decolagem; subida, manobras, acrobacias; voo de grupo, no dorso, mais acrobacias; descida para o pouso; pilofe! -- não esquecer de baixar o trem de pouso; pousar sem trem é o mesmo que perder pênalti... Ensinávamos e aprendíamos ao mesmo tempo. Aprende-se muito ensinando os outros a voar. Há de se estar sempre atento; de “olho vivo no inimigo”; o primeiro descuido pode ser o fatal...

E aquele tenente novinho que voasse mais recebia como prêmio pegar o “seu T-6”, e ir passar o fim de semana na sua cidade preferida. Como a “minha novinha” morava em Natal, era para lá que “aproava” o meu T-6 uma vez por mês, pois Natal era muito longe...  Decolava de Pirassununga logo após o término do expediente de sexta feira.   A única condição era estar pronto para o serviço, na segunda pela manhã. A viagem era longa e cansativa; noturnão, sozinho no meu vagaroso T-6, que não puxava mais do que 140 milhas, mais ou menos 240 km. Para matar o sono, pernoitava alguns “minutos” em Ilhéus. E decolava bem cedo para almoçar uma gostosa carne de sol em Natal.

Hoje estou aqui a lhes contar essas amenidades; essas recordações sempre ligadas aos ares azuis dos céus do meu Brasil. Ora voando a favor, ora contra os ventos; ora olhando a lua, o olho frio dos céus; ora “namorando” as Plêiades, as sete irmãs da constelação “Touro”. Aldebarã, Belatrix; as Três Marias, no cinturão do Orion. Sirius, Canopus.  Mas como tudo aquilo me embriagava com sua beleza. Por alguns momentos esquecia-me de mim mesmo; esquecia até da minha própria vida; sentia-me livre e como que dissolvido no vento e nas frias águas das chuvas. Quantas vezes eu colocava a mão para fora da cabine, e os pingos mais pareciam alfinetadas. Recolhia um pouco daquelas águas geladas e passava no rosto, para espantar o sono. Sentia-me livre e além, muito além dos temores pequeninos e das mesquinhas ambições humanas. O “piloto automático” era as minhas mãos já cansadas, mas segurando firme o “manche” do meu sempre fiel amigo, o meu saudoso “NA T-6”...

Coronel Maciel.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Amar e não casar!


Amar e não casar: Filosofia baixa, barata, rasteira, boa e meretrícia...

 Casamento é loteria/pra que, pra que eu fui casar.

 Solteiro, sem dinheiro/ andei o mundo inteiro,

 casado só tem conta pra pagar!”

Não me lembro se era bem  assim a letra de uma musiquinha já bem antiga, interpretada pelo boêmio Nélson Gonçalves.  Casamento é loteria; voz que corre o mundo inteiro!  Casamento pode ser a melhor, como pode ser a pior coisa da vida, é o que costumam dizer os maus e as más amadas (não sei se esse termo existe nesta verbosa língua portuguesa). E que o amor termina no dia do casamente; e que a maior bobagem que um casal feliz e que se ama faz é casar! -- E, muito pior: -- Casar na Igreja Católica, com todas suas duvidosas leis e eternas “meninices”.

Quer felicidade, dignidade, vida decente enquanto dure, ou até quando o amor durar? -- Junte-se! – Conselhos bons e baratos dos mais sábios, dos mais poetas, dos mais eternos seresteiros e filósofos abandonados! -- Quando o amor não der mais certo o melhor ir juntando seus trapinhos.  A vida é uma só, e na escola da vida não há férias, dizia o “Quincas Berro D’água”, do eterno Jorge Amado.

 Mas, e aí vem a infinita pergunta: o que fazer com os filhos, frutos de amores  passageiros? – Eis o verdadeiro X do problema; é aí que a porca torce o rabo! -- O mundo está cheio de “menor abandonado”...

Outras coisinhas à toa que essas “meninas desonestas” andam dizendo por aí: -- Que não há amor sem tesão! Sem tesão, meu amigo, o amor vira amizade, amor filial, maternal, coisas assim; e que um casal só é verdadeiramente feliz, quando não há “obrigação sexual”. Quando há essas “obrigações” e elas não são cumpridas, costuma surgir o demônio do ciúme, “pálido monstro enganador da alma que lhe dá abrigo”. Um homem, uma mulher, ninguém no mundo jamais esquece um amor que nunca lhe quis! -- O amor desejado, jamais será esquecido; o amor consumado, quase sempre é logo esquecido.

Quanta filosofia baixa, neste voo “rasante” e sem rumo, ó velhíssimo e  hangarado coronel!

Coronel Maciel.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Casos de amor na Igreja Católica.


Esses “Casos de Amor” pecaminosos envolvendo Papas, Cardeais, Bispos, Padres e tantos outros que vez em quando explodem por aí, faz com que os milhões e milhões de católicos espalhados pelo mundo inteiro fiquem perplexos, perdidos, sem saber nem compreender tudo de certo ou errado que está acontecendo com a Santa e Amada Igreja Católica. Casos que me fazem lembrar o nosso saudoso professor de português dos meus tempos de Cadete-do-Ar no hoje já lendário Campo dos Afonsos, no Rio. Era o professor Mário Barreto. Parente de Fausto Barreto, que junto com Carlos de Laet, nos deram a mais que florida “Antologia Nacional” ou “Coleção de Excertos”. Mário Barreto sabia de “cor e salteado” a famosa Antologia com suas 592 páginas, fato que impressionava a todos nós.

Eu sempre gostei de aulas de português; não de estudar suas regrinhas gramaticais, que só servem para irritar seus estudantes.  Lógico que algumas regras são essenciais. Mas o que eu gostava mesmo era do estudo das metáforas, a linguagem dos poetas. Gostava muito quando ele, sentado em sua cadeira, pernas cruzadas, sempre vestido “à caráter”, de frente para seus alunos, dizia: -- Hoje vou representar para os senhores a famosa  peça em um ato conhecida como a “Ceia dos Cardeais”, de Júlio Dantas. E passava a representar de modo muito pessoal as figuras do Cardeal Gonzaga, bispo de Albano e Camerlengo; do Cardeal Rufo, arcebispo de Óstia e Deão do Sacro-Colégio; e do Cardeal de Montmorency, bispo de Palestrina, que contavam para eles mesmos, enrubescidos e embevecidos, suas histórias de amor, vividas em suas distantes mocidades. O professor Mário Barreto ficava emocionado quando, ao final da representação, assim como quem acorda; os olhos cheios de brilho; a expressão transfigurada, repetia as últimas frases do Cardeal Gonzaga, quando dizia: -- Como é diferente o amor em Portugal!

Não tenho, nem sigo religião nenhuma; acredito num Deus, um Deus meu muito particular e muito diferente da maioria dos Deuses criados pelos homens, que os senhores tanto conhecem. Mas gosto muito de ler e reler tudo sobre todas as religiões do mundo; do Islamismo, ao catolicismo, ao espiritismo (não sei espiritismo é religião); o budismo, de Buda, o doutrinador religioso que não acreditava em Deus, e tantas e tantas outras, incluindo a religião dos Deuses Negros da África Negra. E fico com muita pena; muita pena de mim mesmo por não haver nascido com a fé, “asas divinas onde se abrigam os felizes fiéis do mundo inteiro”. A fé que remove montanhas! A fé de Dante Alighieri na sua “Divina Comédia” mostrando que o homem, através da razão, chega à fé. -- Dante, que seguindo Virgílio, encontra sua Beatriz! Eu sigo a Cecília Meireles quando “me” diz:- - Um dia estarei mudo; mais nada.

PS:- Gostaria de saber de que lado vai ficar a nossa Santa e Amada Igreja Católica nas próximas - de cartas marcadas –  eleições; se do lado de Deus, ou da "Diaba"...
Coronel Maciel.

terça-feira, 24 de junho de 2014

Enquanto seu lobo não vem...

Enquanto seu lobo não vem...

(O lobo no caso, e fico sujeito à chuvas e trovoadas,  é o Chile, que sábado vai dar de goleada nos nossos “chapeuzinhos de maiô”... rsrs)
Nikita Khrushchov era mais grosso que papel de embrulhar prego. Meteu-se numa encrenca contra o grande presidente e charmoso paquerador John F. Kennedy, naquele caso dos mísseis soviéticos instalados em Cuba, direcionados para o coração dos americanos. Kennedy parece até que venceu, mandando de volta Nikita, acompanhado de todos os seus perigosos mísseis equipados com ogivas nucleares.  

Mas os americanos tiveram que engolir um “ultimatum” de Nikita que dizia para os americanos nunca mais se meterem a besta com o assassino Fidel Castro, que passou a ser o dono e a mandar e desmandar em toda “América Latrina”. E de nada vai adiantar querer cortar suas garras vermelhas, a não ser com a ajuda dos próprios americanos, que me parece se cagam de medo do Fidel quando se lembram do acontecido na “Baia dos Porcos” ou  Bahia de los Cochinos”, em Cuba, quando mais ou menos mil exilados cubanos, apoiados pelos Estados Unidos, levaram uma surra do Fidel, que até hoje se gaba de ser o maior vencedor do “Imperialismo Americano”. Quando digo “Imperialismo Americano” quero dizer do “Governo Americano”, que se pudessem fariam do planeta terra inteirinho seu grande quintal mundial.

Mas, feliz ou infelizmente, contamos com a China e a Rússia do lourinho Putin, que parece não ter medo do negão Barack Hussein Obama, com toda sua Força Aérea, a mais poderosa do mundo; sem falar do restante das suas Forças Armadas.

O “GUSA” (Governo do USA) sempre se considerou, se considera e vai se considerar, não sei até quando, os “Xerifões do Mundo”, e sob o véu mentiroso de que lutam pela democracia ao redor do mundo, na verdade lutam para defender seus interesses multibilionários  existentes  em todos os cantos do mundo. Principalmente os poços de petróleo do Oriente Médio.

Assim sendo, “ó meus amados ouvintes”, será muito, mas muito difícil mesmo desalojar esses ratos comunistas que se apossaram do Brasil. No voto “democrático” sabemos ser impossível, pois dona Dilma já sai com quarenta milhões de votos na frente; são os famigerados e antidemocráticos votos “bolsa-esmolas”. Para completar -- mesmo com todas as severas advertências e com todas as baterias do corajoso Capitão do Exército José Geraldo Pimentel atirando diuturnamente contra os nossos três comandantes militares – dona Dilma, a meu ver e não sei se os senhores também pensam assim, conta com total apoio dos somados “doze estrelas”, para o que der e vier. -- Ora, são mais de oito anos sentados em berço esplêndido, e em time que está ganhando não se mexe; é o que diz e o que pensa Lula o criador dessa inefável criatura.
Enquanto isso, oremos...

Coronel Maciel.

sábado, 21 de junho de 2014

Na mais esplêndida solidão...


Deitado na minha rede, só, perdido em meus bons e meus maus pensamentos (segundo o meu xará, o santo Agostinho, o pecador se aproxima mais que qualquer um da “Graça”); balançando-me na mais esplendida solidão, ligo a TV e fico olhando, perplexo, admirado, a multidão de torcedores de todas as partes do mundo, que vez em quando se levantam em ondas pelas bilionárias arenas de futebol. E fico dando graças ao “meu” bom Deus (não acredito nada, nem um pouquinho, nesses tantos Deuses criados pelos homens...) em não fazer parte dessa, desculpem a má palavra, verdadeira boiada. Prefiro viver na solidão, ao lado dos meus poetas, dos meus livros, na lembrança dos meus velhos aviões (não gosto desses “novos” aviões) e  ao lado do meu eterno violão.

Mas -- e sei que vou irritar alguns bons brasileiros por aí -- fico torcendo contra o Brasil; ou melhor, torcendo pelo Brasil, quando torço pela derrota desse nosso timezinho de futebol, riquíssimos pernas de pau a serviço da dona Dilma. Fico até com pena quando eles tiverem que enfrentar o Uruguai ou o Chile, e não esses “cabeças de camarões”. (Ouvi dona Dilma, além de vaias, ouvir sonoros “vá tomar no cu”. Coitadinha dela...)

Natal está cheio de turistas; turistas do mundo inteiro. E fico-me “alembrando” dos meus tempos de cadete, quando nosso professor de História Geral nos dizia quando, isto em 1904, Nicolau Segundo lançou a Rússia numa guerra contra o Japão (guerra mesmo! - não guerra de futebol); depois nos falava sobre aquele fatídico “Domingo Vermelho”, acontecido em 22 de janeiro de 1905; os desastres na primeira guerra mundial contra a Alemanha reforçaram os movimentos revolucionários. Em 1917, Nicolau e toda sua família foram assassinados, e a ordem de execução teve o “chamegão” do próprio Lênin, o líder revolucionário Bolchevique.

São simpáticos todos esses turistas. Alegres, risonhos, comidos, bebidos e satisfeitos.  Mesmo os turistas americanos, alvos prediletos das nossas endiabradas esquerdas. Eu gosto e admiro muito os americanos; o povo americano; tiro o chapéu para todos eles. Mas não gosto nada do governo americano, quando se metem a ser os xerifões do mundo! Ora estão de um lado; ora do outro. Nunca se sabe de que lado está o governo americano. Ajudaram os nossos generais a derrubar os comunistas, em 64, para logo em seguida ajudarem a volta dos comunistas ao poder. Ajudaram a apertar o laço que enforcou o Sadam Hussein, esquecendo de que ele tinha, como ainda tem, milhares ou milhões de adeptos. O fantasma de Sadam voltou e ameaça tocar fogo no Iraque e em todo Oriente Médio. Em brigas de irmãos, ou de mulher, o melhor é ninguém se meter. Família só dá confusão, já dizia o Nobel Zé Saramago.

Barack Hussein Obama, o negão americano que ninguém sabe realmente de onde ele veio, ou de que lado ele está, ainda tem muito que aprender, e deixar de paparicar o Lula e dona Dilma.

Pretendia falar somente de Copa do Mundo, e acabei metendo os pés pelas mãos, pisando na bola...

PS: estou pensando em tirar umas férias aqui do nosso familiar Face, e me dedicar somente ao meu BLOG, lugar onde posso meter o pau com todos os palavrões e do jeito que eu quiser... rsrs

Coronel Maciel.

 

  

domingo, 1 de junho de 2014

Uma vez quintal, sempre quintal!


Recebo e-mail, assinado por oficiais generais e superiores da reserva e reformados das três forças desarmadas (não tive a curiosidade de pesquisar se entre eles havia algum ainda na ativa, que fosse comandante de aviões de combate, tanques ou porta-aviões...)

 “Coragem não é como preguiça, que todo mundo tem; é o que sempre dizia minha saudosa vovozinha! -- Netinho macho -- coragem e modéstia à parte -- é este “degas” aqui, que foi preso 15 dias sem fazer serviço, quando ainda na ativa, por mostrar ao mundo inteiro quem era, sempre foi e será o corrupto Zé Sarney, o dono da capitania hereditária do sofrido Maranhão.  

O tal e-mail informa que o governo Dilma Bufete está próximo do fim. E termina com um tenebroso alerta: -- Os militares darão a própria vida para livrar o Brasil do comunismo!”.

Vai longe o tempo quando com um único artigo o paraibano José Américo de Almeida derrubou a ditadura Vargas. Hoje nem milhões de artigos semelhantes derrubariam a ditadura Dilma!

Dilma Bufete está mais blindada que couro de sapo cururu. São quarenta milhões de votos comprados com as famigeradas bolsas esmolas. Imagine uma corrida de quarente mil metros, com um dos corredores saindo dez mil metros na frente!

Para derrubar a ditadura Dilma precisaríamos da ajuda dos nossos queridos irmãos do norte; mas enquanto o partido dos “democratas” estiver mandando nos States, nada de bom poderá acontecer no imenso, sujo e abandonado quintal dos americanos. Certeza absoluta.  Barack Hussein Obama, o Otelo das Américas, se diz amigão do Lula, tão sabido quanto analfabeto!  E mesmo com ajuda do partido republicano, haveriam de derrotar todos esses ratos comunistas que se instalaram em todos os buracos e desvãos escuros em toda América Latina. Missão impossível! Uma vez quintal, sempre quintal!  

Alguém já disse que tudo o que poderia ser roubado, com referência a essa tal Copa do Mundo, já o foi. Eu diria que não só à Copa do Mundo, mas ao que ainda resta do Brasil. Estamos “fedidos” e mal pagos. A única solução: -- Não há solução.  (Não se faz mais generais como antigamente. Agradece:- - Dilma Bufete.)

Coitadinhos dos nossos filhos e netos que qualquer dia destes hão de nos perguntar: -- Que merda de país é este que vocês acabam de nos deixar?

Coronel Maciel.