Outra coisa que eu acho
frescura é essa conversa mole de ficarem dizendo por aí que os militares de
hoje são mais disciplinados do que nós, os de 64; que são mais “democráticos”;
que os Generais de hoje devem ficar quietinhos, na sombra e água fresca, observando
de longe o circo pegar fogo, enquanto eles, esses “vagabundos” que tomaram
conta do Brasil, façam a merda que quiserem. Negativo! Na próxima “Redentora”
que já se aproxima os novos militares, herdeiros do sangue e da honra daqueles
velhos Generais, devem, em vez de ficarem fazendo como nós fizemos: construindo
as maiores hidroelétricas do mudo; grandes pontes, como a Rio--Niterói; a EMBRAER
e outros “coisinhas” por aí, deverão construir enormes “Paredóns”, proporcionais
aos até hoje existentes em Cubam, razão da ditadura Cubana estar também até
hoje em pleno funcionamento, enquanto que nós, velhos militares de 64, estamos
sendo esculhambados, sacaneados, roubados, ofendidos, emputecidos, alguns até
mesmo passando fome e sem ter onde
morar. Chega, porra! -- Chega de humilhações; chega de frescuras; a história não
fala covardes; devemos botar mesmo pra quebrar; chutando jacas; feitos cão
chupando mangas. “Alea jacta est”, já dizia um Cabo-Velho, manutenção de pista,
nos meus tempos de B-26 em Natal.
Coronel Maciel.