“Allons enfants. ”
Não sei quantas e
quantas vezes os ancestrais do Macron tentaram se apossar do Brasil, mas se
deram mal com os Portugas. Dizem até que se tivessem conseguido, o Brasil hoje
seria outro; muito outro. Não sei. Fui uma vez à Caiene e visitei “Kourou”,
Base de Lançamento de foguetes. Caiene, uma cidade bem limpinha, arrumadinha, é uma espécie, de longe, de um pedacinho da
França; fui várias vezes à “ Saint-George-de-Oyapock”, limite com a nossa “Oiapoque”;
é uma das regiões mais lindas do Brasil, fronteira do Brasil com a Guiana
Francesa; a divisa é feita pelo caudaloso Rio Oiapoque. Na sede do município
havia um Pelotão de Fronteira, onde pernoitávamos. Era um dos vários Pelotões
que apoiávamos, com os nossos valorosos Dakotas, os “Gigantescos” C-47. Apoio
total, do Oiapoque ao distante Guaporé. Foi numa dessas travessias feitas numa
"voadeira" que -- desviando-se das perigosas pedras que se escondiam
nas suas “águas negras” -- nos levava para compras “domésticas” em “Saint George”:
-- Uma garrafinha de um bom vinho francês, perfumes, para fazer média com a
madame; queijos, e outros inocentes “contrabandos”. Os colonos franceses, na
grande maioria composta de negros, a não ser os militares que serviam naquela
pequena cidade, não conseguiam entender o que era inflação, pois lá não existia
isto; os preços eram sempre os mesmos, mas em francos. Eram pagos regiamente
pelo governo francês para viverem numa boa vida por lá, mas bem longe do
conforto e das delícias de Paris. Eles também vinham fazer suas pequenas
compras do lado brasileiro. Pois bem; foi numa dessas travessias, conversando
sobre a distante cidade de Natal, que um senhor se aproximou de mim e me falou
que era “Natalense”, mas que agora estava morando assim meio escondido por
aquelas bandas; mas que sentia imensa falta de seus amigos e familiares que
moravam em Natal. Na realidade ele era um fugitivo da justiça. Pediu-me para
uma conversa reservada, e me contou o seu caso, caso muito parecido com aquele
tal de “Kit Gay” que o PT queria distribuir pelas nossas escolas, lembram? O caso foi assim: -- Ele matou um traficante
em Natal que havia viciado e seduzido sexualmente um filho seu “di menor”. --
Da primeira vez, me dizia ele, mandamos o menino para fazer um tratamento no
Rio; na volta, após longos dias, foi novamente provocado e seduzido, quando
então resolvi matar o “filho da puta”, repetindo suas palavras. E agora vivo
assim, por aqui, fugindo da nossa “traficante” justiça. À noitinha, na beira do
Rio, traçando umas cervejinhas, continuamos a conversa, quando contou muitos
outros detalhes do caso. E só me contou porque ficou sabendo que conhecia a
família da minha mulher, que é também Natalense. Fiquei logo do seu lado, lhe
dizendo que, se quisesse, eu poderia falar com o Comandante do Pelotão, meu
amigo e velho conhecido, que com certeza lhe daria todo apoio naquela sua
triste condição de vida; se estou contando mais este “causo”, é porque com
certeza “meu crime” já prescreveu, pois lá se vão mais de 30 anos, e os “traficantes”
do STF, agora prontos para libertar o Lula, não podem mais me prender...
Coronel Maciel.