quinta-feira, 29 de agosto de 2019

ALLONS ENFANTS.


“Allons enfants. ”
Não sei quantas e quantas vezes os ancestrais do Macron tentaram se apossar do Brasil, mas se deram mal com os Portugas. Dizem até que se tivessem conseguido, o Brasil hoje seria outro; muito outro. Não sei. Fui uma vez à Caiene e visitei “Kourou”, Base de Lançamento de foguetes. Caiene, uma cidade bem limpinha, arrumadinha,  é uma espécie, de longe, de um pedacinho da França; fui várias vezes à “ Saint-George-de-Oyapock”, limite com a nossa “Oiapoque”; é uma das regiões mais lindas do Brasil, fronteira do Brasil com a Guiana Francesa; a divisa é feita pelo caudaloso Rio Oiapoque. Na sede do município havia um Pelotão de Fronteira, onde pernoitávamos. Era um dos vários Pelotões que apoiávamos, com os nossos valorosos Dakotas, os “Gigantescos” C-47. Apoio total, do Oiapoque ao distante Guaporé. Foi numa dessas travessias feitas numa "voadeira" que -- desviando-se das perigosas pedras que se escondiam nas suas “águas negras” -- nos levava para compras “domésticas” em “Saint George”: -- Uma garrafinha de um bom vinho francês, perfumes, para fazer média com a madame; queijos, e outros inocentes “contrabandos”. Os colonos franceses, na grande maioria composta de negros, a não ser os militares que serviam naquela pequena cidade, não conseguiam entender o que era inflação, pois lá não existia isto; os preços eram sempre os mesmos, mas em francos. Eram pagos regiamente pelo governo francês para viverem numa boa vida por lá, mas bem longe do conforto e das delícias de Paris. Eles também vinham fazer suas pequenas compras do lado brasileiro. Pois bem; foi numa dessas travessias, conversando sobre a distante cidade de Natal, que um senhor se aproximou de mim e me falou que era “Natalense”, mas que agora estava morando assim meio escondido por aquelas bandas; mas que sentia imensa falta de seus amigos e familiares que moravam em Natal. Na realidade ele era um fugitivo da justiça. Pediu-me para uma conversa reservada, e me contou o seu caso, caso muito parecido com aquele tal de “Kit Gay” que o PT queria distribuir pelas nossas escolas, lembram?  O caso foi assim: -- Ele matou um traficante em Natal que havia viciado e seduzido sexualmente um filho seu “di menor”. -- Da primeira vez, me dizia ele, mandamos o menino para fazer um tratamento no Rio; na volta, após longos dias, foi novamente provocado e seduzido, quando então resolvi matar o “filho da puta”, repetindo suas palavras. E agora vivo assim, por aqui, fugindo da nossa “traficante” justiça. À noitinha, na beira do Rio, traçando umas cervejinhas, continuamos a conversa, quando contou muitos outros detalhes do caso. E só me contou porque ficou sabendo que conhecia a família da minha mulher, que é também Natalense. Fiquei logo do seu lado, lhe dizendo que, se quisesse, eu poderia falar com o Comandante do Pelotão, meu amigo e velho conhecido, que com certeza lhe daria todo apoio naquela sua triste condição de vida; se estou contando mais este “causo”, é porque com certeza “meu crime” já prescreveu, pois lá se vão mais de 30 anos, e os “traficantes” do STF, agora prontos para libertar o Lula, não podem mais me prender...
Coronel Maciel.




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