Meus “bracinhos” anjos
da guarda.
Quando menino, lá na
minha e doce e morena e quente e úmida Belém do Pará, queriam que fosse ser
padre; mas, graças aos meus “bracinhos” anjos da guarda, dei motor, arremeti, conseguindo me salvar; cheguei ao
cúmulo de ajudar missas; e missas em “Latim”, como naqueles velhos tempos; mas,
na doce esperança de ir algum dia morar junto com as anjas lá do céu -- brancas
ou pretas ou magrinhas ou gordinhas ou baixinhas ou gigantes -- continuei a ler
os chamados livros sagrados; do Alcorão, dos perigosos muçulmanos; à Bíblia,
dos bons e amados católicos; “p’ra mim”, todos eles, uma espécie de “Alice no País
das Maravilhas”. Ouço, agora, o nosso bom comunista, e me apresso a perguntar:
há “bons comunistas” neste mundo de Deus? -- o Jorge Amado, na voz de “Pé de Vento”,
um dos seus pecadores baianos, me dizendo que tinha “ouvido falar” na
existência de homens capazes de passar até uma semana, “sem mulher”; mas que
não acreditava; imaginem, os meus bons e amados ouvintes, então um Bispo, um Papa,
um Cardeal, que conseguem passar vidas inteiras..
Coronel Maciel.
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