quinta-feira, 26 de junho de 2014

Casos de amor na Igreja Católica.


Esses “Casos de Amor” pecaminosos envolvendo Papas, Cardeais, Bispos, Padres e tantos outros que vez em quando explodem por aí, faz com que os milhões e milhões de católicos espalhados pelo mundo inteiro fiquem perplexos, perdidos, sem saber nem compreender tudo de certo ou errado que está acontecendo com a Santa e Amada Igreja Católica. Casos que me fazem lembrar o nosso saudoso professor de português dos meus tempos de Cadete-do-Ar no hoje já lendário Campo dos Afonsos, no Rio. Era o professor Mário Barreto. Parente de Fausto Barreto, que junto com Carlos de Laet, nos deram a mais que florida “Antologia Nacional” ou “Coleção de Excertos”. Mário Barreto sabia de “cor e salteado” a famosa Antologia com suas 592 páginas, fato que impressionava a todos nós.

Eu sempre gostei de aulas de português; não de estudar suas regrinhas gramaticais, que só servem para irritar seus estudantes.  Lógico que algumas regras são essenciais. Mas o que eu gostava mesmo era do estudo das metáforas, a linguagem dos poetas. Gostava muito quando ele, sentado em sua cadeira, pernas cruzadas, sempre vestido “à caráter”, de frente para seus alunos, dizia: -- Hoje vou representar para os senhores a famosa  peça em um ato conhecida como a “Ceia dos Cardeais”, de Júlio Dantas. E passava a representar de modo muito pessoal as figuras do Cardeal Gonzaga, bispo de Albano e Camerlengo; do Cardeal Rufo, arcebispo de Óstia e Deão do Sacro-Colégio; e do Cardeal de Montmorency, bispo de Palestrina, que contavam para eles mesmos, enrubescidos e embevecidos, suas histórias de amor, vividas em suas distantes mocidades. O professor Mário Barreto ficava emocionado quando, ao final da representação, assim como quem acorda; os olhos cheios de brilho; a expressão transfigurada, repetia as últimas frases do Cardeal Gonzaga, quando dizia: -- Como é diferente o amor em Portugal!

Não tenho, nem sigo religião nenhuma; acredito num Deus, um Deus meu muito particular e muito diferente da maioria dos Deuses criados pelos homens, que os senhores tanto conhecem. Mas gosto muito de ler e reler tudo sobre todas as religiões do mundo; do Islamismo, ao catolicismo, ao espiritismo (não sei espiritismo é religião); o budismo, de Buda, o doutrinador religioso que não acreditava em Deus, e tantas e tantas outras, incluindo a religião dos Deuses Negros da África Negra. E fico com muita pena; muita pena de mim mesmo por não haver nascido com a fé, “asas divinas onde se abrigam os felizes fiéis do mundo inteiro”. A fé que remove montanhas! A fé de Dante Alighieri na sua “Divina Comédia” mostrando que o homem, através da razão, chega à fé. -- Dante, que seguindo Virgílio, encontra sua Beatriz! Eu sigo a Cecília Meireles quando “me” diz:- - Um dia estarei mudo; mais nada.

PS:- Gostaria de saber de que lado vai ficar a nossa Santa e Amada Igreja Católica nas próximas - de cartas marcadas –  eleições; se do lado de Deus, ou da "Diaba"...
Coronel Maciel.

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