sábado, 2 de abril de 2022

MEMÒRIAS.

 

Memórias de Minhas Putas Tristes.

Perguntaram pra mim se eu tenho medo de morrer. Ora, se até o Papa, aquele que tem o passaporte carimbado direto para o céu, tem, imaginem eu, que tenho minhas dúvidas sobre a existência de céus, infernos e de outras coisinhas  por aí.  Estou  do lado da nossa grande Cecília Meireles que dizia: -- Um dia eu sei que estarei muda; “mais nada”. Estou também do lado de outro grande, o Gabriel Garcia Marques, Nobel de Literatura, que escreveu um livro que gosto de ler e reler. Um livro “Curto e Grosso”: -- Memórias de Minhas Putas Tristes. Que livro! Principalmente para aqueles que já estão na “Final Curta”. com o “trem” baixado. Um livro que relata a história de um velho “Reformado” que sempre foi um medíocre na vida; que sempre viveu sem grandes realizações. Gabriel nos conta o encontro de um velho solitário que, no dia em que completou 90 anos, pede a uma cafetina que lhe arranje uma menina que fosse “nova  e virgem”, para passar a noite do seu aniversário. Daí em diante as coisas mudam completamente. Descobre duas coisas que se encontram, que se perseguem; que atormentam uma grande maioria de homens: -- A impotência e o encontro com um grande amor! Garcia dá um enfoque muito seu para essa história, que é a história de um amor. Me apresso em dizer que não o recomendo àqueles conhecidos “carolas” das nossas santas e amadas Igrejas. Vou ficando por aqui lembrando aos velhos como eu, que corram e venham “viver” aqui em Natal enquanto é tempo; onde ainda se pode encontrar camarões na brasa, lagostas grelhadas, acompanhadas de “louras virgens e geladas” para se babar e beber...

Coronel Maciel.

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