domingo, 22 de outubro de 2017

Dia do Aviador.

Dias de Aviadores!

Todos nós temos na vida casos idos e vividos para contar aos nossos “queridos netinhos”, casos acontecidos durante anos e anos pilotado aviões, por este imenso Brasil. Hoje fiquei relembrando um desses dias, um dos mais inesquecíveis de toda minha vida. Foi quando pela vez primeira pisei o solo da minha jamais esquecida “Pirassununga”. Me apaixonei na hora pala linda cidadezinha, lotada das mais lindas “paulistinhas”! Cheguei de ônibus, se não me engana da empresa “Pássaro Azul”! Os outros chegavam de aviões. Cheguei só, como sempre gostei de chegar. Farda, roupa, espada, tudo junto no meu “Matulão”, feito um “retirante” nordestino!  Peguei um taxi, um “Fusca” novinho 64, e parti para a Escola. A estrada era só poeira! Mas antes, diga-se de passagem, parei para comprar uma garrafa da ‘51”, que sempre foi uma das minhas eternas companheiras! Ela, e os livros do Jorge Amado. Aliás, aproveito a oportunidade para dizer que foi a “51”, os livros do Jorge, minha viola, os quais, juntos, me ajudaram a ser muito mais um feliz “Aviador” e muito “menos” Oficial! Mas sem nunca abusar da diferença! Daí a razão de ter entrado em todos os Quadros de Acesso por Antiguidade; mas em todos eu recorri e venci! Continuando a saga.   Cheguei na Escola. Alguns oficias estavam sentados na entrada do Cassino. Cumprimentei a todos assim meio sem jeito, já que eu parecia mais um retirante, suado e todo empoeirado.  Peguei um quarto isolado, tomei uma, depois outra, tomei um banho, me deitei e fiquei assim pensando: é o verdadeiro início de minha vida profissional. De 1957 a 1963, foram anos de aprendizado. A partir de agora, neste início de 64, passarei a ser Instrutor de Voo em aviões T-6, para Cadetes de Estágio Avançado, fazendo parte da primeira turma de Instrutores de Voo do Destacamento Precursor da atual Academia da Força Aérea. Sempre achei que é ensinando que se aprende a voar.  E foram os anos de instrução em Pirassununga que me ensinaram todos os truques necessários e suficientes que me fizeram “escapar” com vida de todas as inúmeras “leaozadas” que fiz durante mais de trinta anos voando na minha querida Força Aérea Brasileira. Como o meu espaço é curto, vou ficando por aqui...
Coronel Maciel.

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