Acabei de reler “Uma reportagem maldita” (Querô), do Plínio Marcos. Não sei quantas vezes já li e reli os livros do Plínio e do Nelson Rodrigues. Os dois têm visões contundentes da realidade. Nelson sempre às voltas com a “Classe Média”— que dizem ser a serviçal histórica das chamadas “Classes Superiores” da sociedade. Plínio sempre em volta da “Ralé”; dos que vivem nos subúrbios da marginalidade. Nelson era o pudor; evitava o palavrão. Plínio era a escancarada violência verbal. Nelson sofria e fazia sofrer suas personagens; seu “universo”, porém, não conhecia a fome. Plínio desprezava a dignidade humana, e “cagava mole” para santidade. Nelson aspirava a dignidade e, às vezes, à santidade. Acho ambos admiráveis. Nelson sempre foi desprezado pelas “esquerdas”, pois apoiava os “Generais”. Sempre foi considerado (com evidente prazer de sua parte) um “Tarado”. Nelson também gostava de dizer que “Sábio é o Casto” Me lembrando agora do que está acontecendo com o Arthur Lira, o Nelson também gostava de dizer que toda mulher ”NORMAL”, gosta de apanhar. Mas sem violência, como está sendo acusado pela “EX”, que quer enquadrar o coitado na “Lei Maria da Penha”, apesar da sua contundente vitória.
Coronel Maciel.
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