O mau (ou o mal?) julgador por si julga os outros... Eu reconheço que sou um “mau” julgador. Por exemplo: Será que julgo sempre mal o governo da dona Dilma e seus corruptos ministros? -- Por que só dou valor ao governo dos generais de 64? – Ao período da “ditadura”? -- Dos anos de “chumbo grosso”, quando éramos felizes e não sabíamos? -- Ou julgo serem eternos e inocentes sonhadores aqueles que acreditam em discos voadores ou nos eternos prazeres dos céus, ou nos quentíssimos castigos nos infernos. -- Não sei; não sei, embora eu faça muito esforço para acreditar...
Sou muito criticado pelas avaliações que faço desses recentes e dolorosos acidentes de aviação. -- Do Air Frence 447. -- Do TAM, em Congonhas. Fui um dos primeiros a culpar logo os pilotos; principalmente os pilotos americanos no caso “Gol versus Legacy”. Mau julgador que sou, acho que, por exemplo, quando um médico operador comete um grande erro, ele pode me enganar, ou enganar um juiz que for julgá-lo. Mas não poderá enganar outro bom médico operador. Assim um piloto que comete um grande erro; lógico que são erros próprios de todos nós, errantes seres humanos... Mas ele pode “enrolar” um juiz ou algum inocente passageiro, mas não consegue “enrolar” outro experiente piloto... É lógico que haverá sempre bons advogados, o seu sindicato, ou toda classe de médicos ou de pilotos para defendê-lo... Sempre foi e sempre será assim...
Não sei quantos perigosos “rasantes” eu dei durante minha vida na aviação; só sei que foram muitos; muitos mesmos. Acredito que não há nenhum piloto que se preze que não o tenha feito... Principalmente exibindo-se para suas eternas namoradas... Muitos deram “azar” e morreram. E vão continuar morrendo... -- E acrobacias rasantes? -- São as mais perigosas. Antes de tentar fazê-las, eu as fazia nas nuvens. Se entrasse por elas adentro significava que eu teria morrido de encontro com algum obstáculo na terra; só quando me achava seguro é que tentava próximas ao solo. E cada vez mais próximas... Felizmente me dei bem, ou dei muita sorte, pois estou aqui a lhes contar essas perigosas bravatas e aventuras...
Antigamente chamavam-se “Inquéritos de Acidentes Aeronáuticos (IAA)”; depois mudaram para “Investigações” para desvincular com crimes dolosos ou coisas assim. Essas investigações visam evitar repetições de acidentes. Prevenções de acidentes aeronáuticos. Mau julgador que sou, acho que a maioria dos acidentes; mais de 90%, são decorrentes de falhas humanas; principalmente erros dos pilotos. Nunca “pilotei”, nem nunca viajei em nenhum desses navios enormes tipo “Titanic” ou um desses luxuosos e moderníssimos semelhantes ao que se chocou com rochedos nas costas italianas. Mas julgo, com certeza erradamente, que o “piloto”, ao se desviar perigosamente da rota quis dar um “rasante”, ou melhor, resolveu tirar “um fino” na ilha: ou para se mostrar para alguma namorada habitante da ilhota; ou para “fazer média” com alguma turista carente que ele conheceu e logo a convidou para conhecer a cabine de comando; ou que tenha tomado uns bons copos bem cheios de um bom vinho italiano, ou outra forte bebida. E resolveu tirar “um fino”, aliás, um fino muito grosso – “estuprando” tão grande e caríssima máquina, provocando a morte de inocentes turistas. Dizem que ele abandonou covardemente seu navio na hora do perigo, deixando seus passageiros “a ver navios”...
Fosse no Brasil, ele já estaria solto, beneficiado com esses famosos “habeas corpus” bem à moda brasileira. Mas na Itália parece que o buraco é mais embaixo e ele foi logo preso, se não me engano, algemado, e devidamente enjaulado...
Coronel Maciel.
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