Quem quiser acreditar,
que acredite... Quem quiser acreditar que acredite em disco-voador; em outras
vidas após a morte; que há céus, infernos e purgatórios; que os americanos, os
ingleses, os franceses e outros ricaços do mundo estão interessados em
desenvolvimento sustentável... O que os ricos querem é comer o pão com o suor do
rosto dos pobres escravizados neste mundo de tantos deuses... Desde os deuses
negros dos candomblés da Bahia, a todos os outros deuses de todas as religiões
do mundo! O deus dos ricos sempre foi e
sempre será um só; é o deus ouro, o deus dólar; os bilhões de dólares que dona
Dilma acaba de dar para encher ainda mais os bolsos dos homens “vivos” do
mundo. O mundo é dos “vivos”...
Depois de mim, o
dilúvio -- foi o que disse o Luís XIV, o Bem-Amado, o rei-sol, um rei da França
à sua amada amante madame Pompadour, quando não acreditava em mais nada neste
mundo.
De tanto ver triunfar
as nulidades, como dizia o grande Rui, o bom baiano, eu também já não acredito
em mais nada neste mundo... -- Quem for podre que se quebre; quem for besta
morra triste... -- Ora se eu vou me preocupar se a Erundina (ô mulherzinha
feia, caraca...) ama ou não ama o Paulo Maluf; se o Lula ama o Maluf ou
vice-versa; ora se eu vou querer saber onde dona Dilma escondeu os dólares do
Ademar, se estou agorinha mesmo aqui na Redinha, linda praia bem às margens do
Rio Potengi, bem embaixo da ponte, olhando o infinito azul beijando as águas
verdes dos mares de Natal...
O sonho de muitos
outros seres humanos é a conquista da felicidade que eu conquistei, tanto no
plano material, voando os meus mais lindos aviões -- como no plano espiritual,
sendo eu um livre, um mais que livre pensador... Ora, quem quiser, e bato
palmas para eles, que se preocupe com os rumos da história dos seus povos, dos
seus índios, do planeta, mas que nunca se esqueçam de respeitar às diferenças individuais dos que
buscam um mundo mais justo para todos os povos. O mundo é suficientemente
grande para todos nós: ricos e pobres; burros, ou inteligentes; felizes, ou
infelizes; amados, ou traídos; pilotos, ou copilotos, pois sempre haverá os
líderes e os liderados; os que riem e os que choram...
Mas, porém, contudo,
todavia ricos mesmos são os pobres como eu! -- Eu, que vivo ao sabor dos
grandes ventos lavados de areia e de espuma; eu, que vivo ao lado de lagostas e
camarões grelhados; de cervejinhas geladas, olhando as meninas passando e
rebolando, todas muito coquetes, rindo e mangando do véio corona aqui... kkkkkkkkkk.
Coronel Maciel.