domingo, 5 de setembro de 2021

CORAÇÂO DE CRIANÇA.

 

Coração de criança.

O tempo passa ligeiro! 81 pousos e decolagens! Não sei quantos toques e arremetidas. Abusei demais deste meu velho avião! Abusei demais deste meu pobre coração: -- “Sentimental eu sou; eu sou demais”... rsrsr. Abusei das suas “bombas de pressões”. Do seu fígado, coitado; este, sim; este tem razões de sobra para se vingar! E o pulmão? Maltratado durante nem sei quantos anos. E minha cabeça? – Ah! – Minha cabeça! Pecadora até demais, com seu cérebro sempre bolando “as maiores “sacanagens”; “as melhores coisas da vida”. E o velho coração? -- Tuc-tuc-tuc -- Incansável! -- Este, sim! Este eu lhes garanto que nunca fez mal a ninguém! É bem verdade que muitas vezes foi fraco, foi mole, foi aflito; hoje chateado; amanhã feliz; ora medroso, ora corajoso. Mas sempre disposto a compreender os maus e a perdoar os invejosos. Um coração que nunca deixou de amar o canto pequenino onde nasceu; o seu velho Belém do Pará. Um coração que sempre amou a carreira que abraçou.  As estrelas dos meus tempos de menino continuam a voar comigo, em rútilos tropéis! Sempre brilhando sobre mim quando declino, consolando-me nesta longa reta final. O meu velho coração agradece a lembrança de todos vocês, e deseja a todos que seus velhos ou novos corações continuem batendo forte; incansáveis.

 Abraços deste velho Maciel.

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