terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Fim de semana na "Ilha dos Amores".

Feliz é aquele que faz do seu “hobie” profissão. Quando fui gozar as delícias oferecidas pela minha santa reserva remunerada, eu continuei a fazer a única coisa que realmente eu gostava de fazer: voar! O meu maior vício: voar! Fui então voar num velho “Bandeirante”, ora transportando cartas, jornais, revistas, “Sedex”, nos trechos Natal/Recife/Natal; ora transportando turistas de Natal para a afrodisíaca ilha de Fernão de Noronha.  Minha vida era um vidão!
Um belo dia, era um sábado, dia da nossa folga, quando fui acionado para transportar sete turistas Italianos que haviam fretado o avião.  Eu estava em plena praia, “degustando” enormes camarões dourados, lagostas grelhadas, sempre bem acompanhado de “louras suadas e geladas”. Se for voar, não beba! Guerra é guerra! Mesmo assim, lá fui eu para o aeroporto cumprir com minhas obrigações.
Na hora do embarque, que agradável surpresa: sete lindíssimas morenas, também “fretadas”, acompanhavam os alegres italianos. Perguntei ao despachante se o embarque das “meninas” estava previsto. Ele disse que não. Mas como o avião estava mesmo fretado, e as garotas eram as coisinhas mais lindas do mundo, autorizei de imediato o embarque.
Sempre gostei de tocar violão; gosto de plagiar “o meu grande amigo Frank” quando canta a  música de todos os tempos “New York, New York”. Outra: “My Way”. Gosto muito também daquelas músicas do fabuloso Nelson Cavaquinho; das músicas dor de cotovelo do inesquecível Lupicínio; só não consigo gostar de “pagodeiras”. Há gosto pra tudo...
Mas voltando ao assunto; durante o voo, (parece que voo não tem mais acento) com o avião bem nivelado, voando calmamente em cima das nuvens, quando vem uma das meninas, completamente “à vontade”, com aquele “perfume de mulher”, me perguntar se elas poderiam fazer um desfile pelo corredor do Bandeirante. O corredor do Bandeirante vocês sabem o tamanho que ele é...
Aprovei também de imediato a ideia, mas nas seguintes condições: que elas viessem até bem pertinho das manetes, para que eu pudesse avaliar melhor seus dotes físicos  e desempenho na passarela. Elas riram e iniciaram alegremente o desfile. Que beleza!  Os italianos deliravam! Voavam...
Passamos uma noite e tanto em Noronha; arranjei logo um violão e nos divertimos muito. “Amore, amore”, cantavam os Italianos. -- New York, New York cantávamos nós. Nunca vi tantas latinhas de cerveja em toda minha vida. No auge da brincadeira, uma das meninas gritava altíssimo: “Acaba agora não, mundo bom!!!” kkkkkkkkk
Na volta, domingo à tardinha, voando num topo bem definido, eu mostrava às meninas o sol se pondo lá na frente, dourando as nuvens, antes que o dia transformasse seu "ouro azul" em "carvão"...
Coronel Maciel.



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