Às vezes eu fico pensando
com pena dos nossos Generais, coitados, quando eu e outros os chamam de Melancias.
Quem sabe se não é melhor; muito melhor mesmo deixar que eles fiquem quietos dentro
dos seus tanques, navios e aviões, vendo de longe o Brasil pegando fogo! Ora
porra, digo eu, sempre com esses meus velhos eufemismos: em 64, quando nós,
comandados por aqueles corajosos Generais; atendendo terços, rezas, apelos,
pragas, vudus, tudo no mundo, assumimos o Comando Geral durante aqueles tão rápidos
e saudosos vinte anos; quando passamos então a viver na maior lua de mel! Mas, “bobeamos”; e homem que é homem não bobeia,
já dizia minha querida vovozinha: em vez de baixar o pau; de baixar o cacete
mesmo, sem dó nem piedade, como fez o Fidel Castro nas bundas dos cubanos, não:
ficamos passando panos quentes nas bundinhas desses terroristas comunistas que
hoje nos desgovernam; e deu no que está dando: -- Um Brasil fudido, impossível
de se governar; a não ser com muito sangue, muito suor, muitas lágrimas, como
dizia o Spencer-Churchill, lá na Inglaterra. Daí ser melhor mesmo deixar os
Generais neste silêncio que mete medo. Mas é bom não esquecer do que esses “Generais”
ainda são capazes! E que seria de “bom alvitre” não ficar cutucando cobra com
vara curta, esquecendo que quanto mais sossegada é a cobra, mais mortal ela é!
A cascavel, por exemplo, como uma vez eu vi lá nos “Tiriós”, uma tribo de índios
lá no meu Estadão do Pará, onde a gente costumava pernoitar, naqueles nossos
velhos e bons tempos: -- A gente ia passando, passando, e a bichona quieta,
encolhida, enroscada, mexendo só o rabinho, sacudindo o chocalho; avisando! Não
mexam com ela, nos diziam os frades missionários alemães; que ela pode se
“emputecerrrr”! ...
Coronel Maciel.
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