quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Há gosto pra tudo...



Grande Machado de Assis. O seu humor era implacável: -- Há gosto para tudo! Machado nos conta um pedaço da história do Brasil a partir da eternidade. Escreve do além; do além-túmulo! Brás Cubas é um narrador “defunto” e assim sendo, sem compromissos com ninguém, ele nos conta como era a alta burguesia parasitária do Brasil na época do Segundo Império. O próprio Brás Cubas, ele mesmo, se representa como o mais completo parasita.

O General Ernesto Geisel foi eleito presidente com 600 votos, contra 63 do “anticandidato” Ulysses Guimarães. Se o Lula é apaixonado pela caninha há 51, Ulisses era apreciador do “poire”. Político profissional, Ulisses costumava se reunir com seus correligionários para debater assuntos políticos, e principalmente “econômicos”, em rodadas contínuas de poire, o destilado de pera. Por essa razão, a imprensa na época se referia ao grupo como a "Turma do Poire".

Mas os nossos milhões de brasileirinhos, cansados de viver nas alturas, caíram na conversa dos guerrilheiros tupiniquins; dos politiqueiros profissionais e mergulharam de cabeça no mundo da desordem, da lama, do crack, cocaína, roubalheira, mensalões tudo o que Geisel profetizou que aconteceria caso o povão quisesse a “abertura política”, e chegou a dizer: chegará o tempo que o povo sentirá saudades da ditadura... -- Dito e feito! -- Esse tempo chegou...

E continuam a me perguntar: Coronel, não chegou a hora de outra 64? -- O quê? -- Outra revolução? – Deus nos livre! -- Só fizemos lambanças... Militares nunca mais...

 “Hoje vocês é que mandam”... Falou, tá falado/Não tem discussão, não.

 A minha gente hoje anda/Falando de lado e olhando pro chão

 Viu?

 Vocês que inventaram esse Estado/Inventaram de inventar/Toda escuridão.

 Vocês que inventaram o pecado/Esqueceram-se de inventar o perdão...  

Há gosto pra tudo... kkkkkkkkkkkkkkkk

Coronel Maciel.