quarta-feira, 27 de julho de 2016

O Voo das "Bruxas"!



Mulher feia e urubu comigo é na pedrada! Kkkkk.  Não sei quem foi o inventor de tão certeira “pedrada”. Na realidade eu só tenho coragem mesmo é de matar mosca! Embora saiba que coragem e covardia são coisas de momento!
Acabo de receber uma espécie de pedrada. Conhecido articulista de um grande jornal de São Paulo – “esquerda” até debaixo d’água -- me pede, “por favor”, para retirá-lo da minha lista. Pergunta inocente que me deu vontade de fazer, antes de atender o seu pedido: por quê, hein?  
Essa morte do padre francês, assim como a do “piloto de caça” da Marinha, não me deixaram dormir sossegado. Dizem que os mortos ficam com pena dos que ficaram vivos. Fiquei pensando muito mais no sofrimento da mulher e dos filhos. Quando voava nos “T6’s da ERA-21”, em Natal, nos idos da década de 60, os aviões traziam escritos da fuselagem o nome do piloto. Não queria isso dizer que éramos os donos dos aviões. Não.  Um dia, um tenente acidentou-se no “meu avião” e morreu.  O caso logo chegou nos ouvidos da Vila dos Oficiais, e bem nos ouvidos da minha esposa, ainda muito novinha. Fui um dos primeiros a chegar no local do “crime”, e pedi ao “Capelão da Base”, que me acompanhava, para voltar e avisá-la que, apesar do avião ser “o meu”,  o acidente não tinha sido comigo. Quando cheguei em casa ela não acreditava que eu era eu, e chorando me abraçou.
 Nós, pilotos, estamos “acostumados” com as ameaças das bruxas, a cega que não escolhe nem dia nem hora. Mas acho que antigamente, nos nossos velhos tempos, as bruxas eram muito mais assíduas e rigorosas...
Coronel Maciel.


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