Pensei que dona Dilma fosse comparecer toda vestida de “Dama de Vermelho”, acompanhada da “caçadora de bruxas” e Secretária dos Direitos Humanos Mariazinha do Rosário. Se assim fosse, o Saito deveria convidar também o nosso brilhante Coronel Ustra, com todas as verdades verdadeiras que ele tem para contar; verdades há muito tempo sufocadas... Estava lá também o Celsinho Amorim, um dos “Barbudinhos de Itamaraty”; e o Michel Temer, que parecia haver engolido uma vassoura, de tão duro que estava. Felizmente dona Dilma não se referia aos generais como um “bando de generais”, como gostava de dizer o seu criador, o Lulalá, no auge das suas eternas bebedeiras.
Confesso que não prestei muita atenção aos discursos proferidos. Na realidade eu tentava “escutar” o que os nossos Brigadeiros; os nossos Generais; os nossos Almirantes diziam “pro seus botões”, olhando pra dona Dilma... Muitos deles talvez não se lembrem, talvez até nem acreditem dos acontecidos naqueles negros tempos de terror... Alguns talvez até se julguem “diferentes”, ou quem sabe “melhores” que os generais de 64... Talvez saibam das “coisas” acontecidas apenas de “ouvir dizer”. “Coisas” muitas vezes truncadas pala tesoura da história... Generais agora, alguns talvez nem se lembrem mais que nós velávamos por seus sonos de crianças... .
Não notei em dona Dilma nenhum espanto; nenhum temor; nenhum ressentimento... Nem percebi sua alma em luta com as almas daqueles generais de 64, generais que ela conheceu tão bem, quando criancinha ainda; criancinha “enfant terrible”.
Olhando agora a dona Dilma eu acho até que se ela pudesse jogaria fora a metade podre que não presta do seu passado já quase “esquecido”... E se também pudesse jogaria fora esses seus asseclas com quem é obrigada a conviver; irmãos de armas, hoje ministros corruptos que colocam em risco seu vacilante governo... Todos uns grandes FDP’s... Todos querendo destroná-la... A pior briga é a briga de irmãos...
Dona Dilma; apesar da estranha convivência nestes longos anos no poder, não creia como dizem por aí que os militares de hoje são diferentes dos militares de 64; não. Somos iguais; não mudamos jamais, como dizia o grande Altemar Dutra... -- Continuamos, dona Dilma, pensando como aquele velho Lorde Inglês; aquele que andava sempre com um charutão na boca e generosos copos de uísque na cabeça, referindo-se aos heróicos pilotos da RAF: “Nunca tantos, deveram tanto, a tão poucos”...
Os pilotos da RAF ajudaram a salvar a democracia na Europa; esses poucos, que muitos chamam de seus “gorilões torturadores”, ajudaram a salvar a democracia no Brasil, e a fazer da senhora a nossa presidente...
Coronel Maciel.
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