domingo, 26 de novembro de 2017

Lá nos Confins do Mundo.

Após um pernoite em “Cucuí”, lá nos confins do mundo do meu Estadão do Amazonas, onde tinha um “Pelotão de Fronteira”, não sei se ainda, decolamos rumo à Maturacá, bem no pé do “Pico da Neblina”, o mais alto do Brasil, que naquela época ninguém sabia direito se ficava no Brasil, ou na Venezuela. Subimos para o topo das nuvens, por baixo só mesmo passarinho podia voar. Daqui a pouco avistamos só o “pico do pico”, sempre abraçado por nuvens, situado a uns dez mil pés, na mesma altura nossa. Como pousar em Maturará? De repente avistamos um buraco nas nuvens, e resolvi arriscar: manetes no bolso, trem e flap em baixo, narigão p’ra baixo, num perigoso “cisco”, até que avistamos a pista em uso! Pista? Maturacá era onde se “escondia” um pedaço da tribo da grande nação “Yanomamis”, “comandados” por um padre missionário, não sei se alemão ou italiano, completamente “rouco”, que logo rodearam o nosso corajoso “Dakota” C-47. O “corajoso” missionário, que não me recordo agora do nome, me convida para visitar rapidamente uma grande roda onde os índios, e as índias também, festejavam não sei o quê, só sei que estavam completamente embriagados, com uma gosma amarela escorregando pelo nariz, que fiquei sabendo resultado de tanto mastigar folha de “cocaína”. Antes de chegarmos “na festa”, mais parecido com um baile “Funk” tivemos que atravessar uma ponte feita com pedaços de cipós e galhos de árvore, bem alta e balançando por cima de um riacho, que se mostrou muito mais perigosa que o nosso mergulho por entre as nuvens. Coisas que até Deus duvida. Nos despedimos do padre, quando fiquei até com pena dele morar num lugar tão distante do “primeiro mundo” onde nasceu, rumo à São Gabriel da Cachoeira, onde felizmente pousamos, após o sobrevoo de um morro, onde podemos contar sete pequenas lagoas, onde dizem haver minérios de altíssimo  valor estratégico, como o “urânio” e outros... Vou ficando por aqui pois hoje domingo, dia de fazer “blitz” nos barzinhos pelas  beiras das praias, cheios de “louras” (geladas) , camarões e  lagostas grelhadas... kkkkkk
Coronel Maciel.


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