sexta-feira, 17 de novembro de 2017

O Coronel Corisco.

O Coronel Corisco.
Depois que a “Carmen Lúcia”, feia como o diabo, “abriu as pernas”, os ratos dos poderes legislativos do Brasil inteiro ficaram livres das “ratoeiras”, e à vontade para roer o queijo e beber todo o leite dos nossos filhos. De modo que desisto de ficar dando murro em ponta de faca. Hoje vou lembrar pra vocês outra figura ímpar da minha querida Força Aérea Brasileira: O “Coronel Corisco”. Depois de cumprir aqueles 15 dias de prisão sem fazer serviço que o Sarney me aplicou, acabei sendo novamente transferido, desta vez de Brasília para o Rio. Em lá chegando, fui procurar abrigo no cassino da Base Aérea do Galeão. Dando uma olhadinha na “lista de hóspedes”, lá estava o nome do Corisco. É neste quarto mesmo que eu vou ficar, disse para o ”estalajadeiro”. Bati no quarto (me acompanhavam um violão, duas tristezas na mala e muita saudade de casa). Corisco me recebeu com aquele seu longo e fraternal abraço: - Mano velho, você por aqui?!-- Fiquei sabendo das sacanagens que fizeram com você. -- Seja bem-vindo ao seu novo lar... kkkkkkkkkkkkkkk e soltou uma das suas mais gostosas gargalhadas!
Corisco já estava meio "melado" (era um domingo, à tardinha; boca da noite). Perguntou se eu aceitava um cabo, ou um sargento. (Um cabo, era o mesmo que dizer dois dedinhos de pinga; um sargento... três).
Não demora muito, e já estávamos cantando as músicas do Luís Gonzaga, músicas que ele adorava tanto! Houve uma hora em que ele não resistiu tanta emoção e largou o maior "Dó de Peito”, estrondando todo o cassino: - - "Só deixo o meu Cariri... No último pau de arara...”
No dia seguinte o Corisco me prega a maior surpresa: - - Entro no quarto e dou de cara com meia dúzia de engradados de “Pilsen Extra”! -- Dúzias e dúzias de “felicidade engarrafada”; um fogãozinho elétrico “Jacaré” para fazer uns tira-gosto e um freezer. Era o bastante para matar nossas saudades.
Corisco gostava muito das histórias de Lampião: - - “Volta-Seca”, solte os presos, que o mundo já é prisão. “Corisco” lembrava o jeitão daquele outro “Corisco”, o da turma de “Lampião”. Daí o porquê dele ser conhecido na FAB como "Corisco", o nosso saudoso Coronel Intendente Eraldo Correia de Lima, hoje com toda certeza gozando as delícias de morar lá no céu, quem sabe até já um pouco "melado", degustando os melhores vinhos dos Deuses, na companhia dos anjos e das mais belas “anjas”, não importando se virgens, brancas, louras, negras, mulatas ou morenas, cantando hinos Gregorianos, nas suas noitadas entre as estrelas do céu... kkkk.  Espere por mim, mano velho!
Coronel Maciel.





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