Bom mesmo é nascer e
ser criado nos States; melhor do que nas “Pasargadas”, do Mané Bandeira, onde,
diz ele, era amigo do rei; onde ele tinha a mulher que quisesse; transando, ou
melhor, amando, na rede que bem quisesse. Já pensou morar lá em “New Orleans”; em
Las Vegas (Vêgas, para os íntimos); em San Francisco? ( I left my heart in San Francisco). E, o
principal, amados ouvintes, sem ter que aprender inglês, pois lá qualquer criancinha
já nasce “falando inglês”. Paidégua! Daí o porquê de tantos “Sulaméricas”
estarem agora mesmo na vã tentativa de atravessar as fronteiras do Trump. Ora;
ninguém é culpado de ter nascido por aqui; e o mundo não devia ter fronteiras,
como queria aquele “Beatle”; mas a verdade é que tem. Tem muitos brasileirinhos
e brasileirinhas querendo ir embora p´ra lá. Muitos já foram; uns se deram bem;
outros, a maioria, não. Dizem que o nosso maior azar foi termos sido “crias”
dos portugueses e seu “catolicismo”, ao contrário dos americanos, crias dos
ingleses e seu “calvinismo”; dizem que se os americanos ”parassem” totalmente
de crescer, e nós continuássemos nesse passo de caranguejo, só daqui a uns 500
anos chegaríamos onde hoje eles lá chegaram. Felicidade mesmo é a minha, deitado
na minha velha rede branca, na mais gostosa solidão, olhando lá longe uma Esquadrilha
de “Tucanos” sobrevoando as águas verdes dos mares de Natal, coisas que eu
fazia lá nos idos de “63”, pilotando os meus saudosos “Invader” B-26.
Coronel Maciel.
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