quarta-feira, 25 de março de 2020

AURORAS DA MINHA VIDA.


Auroras da minha vida.
À vezes, como agora, deitado na  minha velha rede branca, olhando de longe a vida passar, fico pensando o que faz com que homens riquíssimos, como o Trump, gostarem de ser “Presidentes de Repúblicas”, quando ele, o Trump, dono dos melhores “Resortis” do mundo,  poderia muito bem dar partida no seu “Jatinho” particular “Transoceânico”, voar para bem distante, e ficar metido num velho calção de banho, deitado nas areias brancas e quentes dessas fabulosas  ilhas dos “Mares do Sul”; acompanhado de quem bem quisesse: gordinha, magrinha, pretinha, lourinha, baixinha ou gigante; tomando  cana ou uísque da melhor qualidade; ou se for mesmo “inteligente” estar agora lá na mais afrodisíaca das ilhas do mundo, “Noronha”; ou aqui mesmo em Natal, na praia da “Redinha”, ao lado de uma boa loura gelada; de lagostas grelhadas ou camarões na brasa; mas não; ele, como tantos outros; como o Bolsonaro; estão aí fazendo papel de besta, querendo consertar o mundo, ameaçado de todos os lados pelos “comunistas” que não se conformam  de ter perdido eleições. Feliz é o pobre que está satisfeito com o que tem; pode ser até “palavras que consolam”, mas feliz mesmo sou eu, que entrei na FAB, novinho ainda, com meus 16 anos, em BQ, junto de cariocas e paulistas, que se achavam os donos do mundo, mas na realidade éramos todos iguais; éramos todos irmãos na hora de levar “trote”, que naqueles tempos não era brincadeira não.  Mas quando eu chegava em Belém, de férias; fardado de aluno de BQ, eu era um verdadeiro rei, contando, orgulhoso, o primeiro voo solo no meu saudoso FOKKER T-21; mas logo esquecia a farda, esquecia tudo, e lá estava eu novamente empinando papagaios; olhando brigas de galo; pegando peão na unha; jogando peteca, igualzinho a todos eles, meus amigos de infância: -- Ah! -- “Que saudade que eu tenho da aurora da minha vida”...
Coronel Maciel.


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