Auroras da minha vida.
À vezes, como agora, deitado
na minha velha rede branca, olhando de
longe a vida passar, fico pensando o que faz com que homens riquíssimos, como o
Trump, gostarem de ser “Presidentes de Repúblicas”, quando ele, o Trump, dono
dos melhores “Resortis” do mundo, poderia
muito bem dar partida no seu “Jatinho” particular “Transoceânico”, voar para
bem distante, e ficar metido num velho calção de banho, deitado nas areias brancas
e quentes dessas fabulosas ilhas dos “Mares
do Sul”; acompanhado de quem bem quisesse: gordinha, magrinha, pretinha,
lourinha, baixinha ou gigante; tomando cana
ou uísque da melhor qualidade; ou se for mesmo “inteligente” estar agora lá na
mais afrodisíaca das ilhas do mundo, “Noronha”; ou aqui mesmo em Natal, na
praia da “Redinha”, ao lado de uma boa loura gelada; de lagostas grelhadas ou
camarões na brasa; mas não; ele, como tantos outros; como o Bolsonaro; estão aí
fazendo papel de besta, querendo consertar o mundo, ameaçado de todos os lados
pelos “comunistas” que não se conformam de ter perdido eleições. Feliz é o pobre que
está satisfeito com o que tem; pode ser até “palavras que consolam”, mas feliz
mesmo sou eu, que entrei na FAB, novinho ainda, com meus 16 anos, em BQ, junto
de cariocas e paulistas, que se achavam os donos do mundo, mas na realidade éramos
todos iguais; éramos todos irmãos na hora de levar “trote”, que naqueles tempos
não era brincadeira não. Mas quando eu
chegava em Belém, de férias; fardado de aluno de BQ, eu era um verdadeiro rei,
contando, orgulhoso, o primeiro voo solo no meu saudoso FOKKER T-21; mas logo
esquecia a farda, esquecia tudo, e lá estava eu novamente empinando papagaios;
olhando brigas de galo; pegando peão na unha; jogando peteca, igualzinho a
todos eles, meus amigos de infância: -- Ah! -- “Que saudade que eu tenho da
aurora da minha vida”...
Coronel Maciel.
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