domingo, 21 de novembro de 2021

BUNDA DE TANAJURA.

Não sei se os meus amados ouvintes já viram ou ouviram falar de Tanajuras, formigas grandes, fêmeas, bundudas, tipo essas baianas enormes e lindas que vendem acarajé lá na Bahia de Todos os Santos e do Pai-de-Santo Jubiabá, um que mora lá   no “Alto do Abacaxi”. Pois bem.  Essa briga de preto com branco, e vice-versa; brigas acontecidas desde os meus tempos de criança, lá no meu Belém do Pará; lá no “Colégio Santa Terezinha”, colégio de uma única sala, pertinho lá de casa, onde estudavam comigo, entre   outros, um menino, desses bem pretos (vou logo avisando, antes que mandem me prender, que sou “preto aguado” também) que vivia brigando, brigas de crianças, com uma menina, a Francinete, dessas bem brancas, com pintinhas pretas no rosto. Um dia, eu me lembro como se fosse ontem, ele grita, bem alto, p’ra Francinete: -- “Sua branca aguada! – Ela, na ponta da língua: -- “É melhor ser branca aguada do que preto com tu! Até hoje eu me lembro.  Um “Sub-velho”, amigo meu, que foi da Banda de Música da BANT, me conta que ficou “besta de ver” descendo do avião que trazia Aspirantes Aviadores do Rio, para o curso aqui em Natal, que entre eles havia “um desses bem pretos”!  Uma vez eu vi um casal de turistas entrando num restaurante aqui na orla marítima aqui de Natal. Ele, um desses turistas bem brancos, lá das Escandinávias. Ela, uma dessas negras lindas, altona, boa pra caralho; dessas tipo “Bunda de Tanajura”, toda orgulhosa; dessas que dizem: -- Cheguei! Acompanhada do seu “Gringo”, e um casal de filhos, tipos “café com leite”, as coisinhas mais lindas do mundo, e fiquei pensando se isso se multiplicasse pelo mundo a fora, que maravilha   viver...

Coronel Maciel.

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