Missões suicidas.
Nos meus tempos da
Cadete do Ar, eu fazia parte da famosa Equipe de Cama Elástica, comandada pelo
não menos famoso Charles Astor, um verdadeiro pai e amigo de todos nós, que
fazíamos parte da “turma”. O meu salto preferido, era o meu famoso “Salto Suicida”,
quando eu vinha de ponta cabeça, “me salvando” milímetros antes do “suicídio”,
quando um “urro” era ouvido da plateia, muitas vezes formada pelas mais lindas
meninas das Escolas do Rio, onde costumávamos nos “exibir”. Uma vez, faz tanto
tempo, fui acordado às três da madrugada, por um “soldadinho”. Nesta época eu
era ainda um Tenente solteirão, morando no Hotel Aliança, em Barbacena; o
soldadinho me dizia para ir correndo para Escola, pois Brigadeiro tinha uma
missão urgente pra mim. O “Camarão”, que costumava passar noites e noites
acordado, trabalhando sozinho no seu Gabinete, me dizia -- Fura bola, era assim
que ele, carinhosamente, me chamava: -- Pegue o T6 e vá agora mesmo ao Galeão entregar
estes documentos nas mãos do Comandante de um C-54 que vai decolar rumo a Washington.
Decolei, chegando bem na hora da partida dos motores do “Quadrimotor”, quando o
Comandante me olhava surpreso, perguntando como eu consegui chegar, pois, como
se diz, “passarinho estava indo pra casa “à pé”. Encurtando a “missão”: -- Voltei
pra BQ, de modo que cheguei bem na hora do café da manhã, quando o Camarão, ao
me ver, disse, já meio “vermelhão”: -- Pô, você não foi? E eu: -- Brigadeiro, não
só já fui, como já voltei, quando ele deu um daqueles seus famosos “apertos de
mão”, com um grande sorriso de satisfação, dizendo para todos os “aviadores”
presentes no Refeitório-- Este é o nosso famoso “Tenente Fura Bolo”... E eu
também dizendo e sorrindo pra mim mesmo: -- O das missões suicidas.... kkkkk
Coronel Maciel.
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