quarta-feira, 23 de novembro de 2011

É PRECISO SABER VIVER...

Lembro como se fosse hoje; foi no dia 27 de novembro de 1957 quando o nosso Comandante, o Brigadeiro Sinval de Castro e Silva Filho reuniu todos os alunos da Escola Preparatória de Cadetes do Ar, para nos contar os horrores vividos durante a madrugada da Intentona Comunista de 1935. --“Eu estava lá”, nos dizia emocionado o velho Comandante. Os anos foram passando e hoje também já velho recebo um convite do Presidente do Clube Militar para participar das homenagens às vítimas daquele massacre. Não vou poder ir; estou longe do Rio; mas estarei presente, se não de corpo, mas de alma; de minh‘alma comovida.

Muitos me odeiam, têm “raivinha” de mim em razão dos meus artigos; chamam-me  de “quadradão”; reacionário. Ora, se ser anticomunista é ser reacionário, então sou um grande “reaça”... Mas não sou “reaça” tipo aqueles que veem comunistas em todos os lugares, até debaixo da cama; não. Tenho até amigos comunistas; mas são comunistas sentimentais, idealistas; não comunistas assassinos tipo Fidel Castro e seus filhotes que hoje nos governam. Não. Não sou “automaticamente” anticomunista; não! Não sou tão burro nem tão quadrado assim. Mas quando vejo tantos irmãos cubanos que foram e continuam sendo fuzilados nos paredóns cubanos; quando vejo o Che-Guevara fuzilando de uma “porrada só” mais de 600 cubanos; ou quando ficamos sabendo que lá nos montes Urais da Rússia, na madrugada de 17 de julho de 1918, um comissário comunista mandou reunir rapidamente toda a família real e, falando para o Czar, lê a sentença de morte, que teve o chamegão do próprio Lênin. O ex-soberano mal teve tempo de perguntar:- - “O quê?”, quando o pelotão de fuzilamento começou a atirar...  Minutos depois estavam mortos numa poça de sangue Nicolau II, sua mulher, Aleksandra, o herdeiro do trono Aleksei, suas irmãs Olga, Tatiana, Marie e Anastásia. Morreram também um médico, três serviçais e um cachorro da família. Mas as meninas continuavam vivas... As balas ricochetearam em suas roupas. Os assassinos tiveram que acabar o serviço com baionetas... Durante a “Intentona Comunista”, na madrugada do dia 27 de novembro de 1935, os comunistas também mataram covardemente vários dos nossos heróis que dormiam na antiga Escola de Aviação, no Campo dos Afonsos.

Não sei se os nossos atuais Comandantes poderão comparecer às solenidades programadas; acredito até que gostariam de ir; mas com certeza receberão ordens em contrário da dona Dilma, a Presidenta. Ora, assim como devem ser leais e obedientes à dona dos nossos destinos, deveriam ser muito mais leais e obedientes aos nossos heróis do passado... E com certeza esquadrilhas dos nossos aviões receberão também ordens para permanecer “nos calços”, impedidos de decolar daquele mesmo “Campos dos Afonsos” para sobrevoar o local da solenidade; ou que sejam disparados tiros de canhões do Exército ou das nossas belonaves ancoradas na Guanabara, tiros capazes de serem ouvidos pelos nossos heróis assassinados, envoltos em seus lençóis e chorando nos seus túmulos.

É preciso saber viver...

Coronel Maciel.


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