Não sei se os “meus amados
ouvintes” gostam de ler Jorge Amado. Eu,
sim; apesar dele haver sido “comunista”! Sou anticomunista ferrenho, mas no campo
intelectual: não gosto de comunista tipo Stalin, Fidel Castro, Dilma Bufete,
FHC, Lula, Aldo Rebelo, Aloysio Nunes, senadorzinho do psdb, e outros por aí – mas
gosto de ler suas histórias, histórias com aquele doce sabor das maresias dos
mares da Bahia; histórias de lindas mulatas; mulatas dessas verdadeiras; mulatas
debaixo dos sovacos também; dessas cor de chá de sabugueiro, bunda de tanajura;
dessas iguais aos saveiros balançando nas ondas dos mares, como bem dizia “Pé-de-Vento”
para o Doutor Menandro, que voltava de demorada viagem pelas “estranjas”,
elogiando as francesas, estalando a língua e dizendo que “mulher igual às
francesas não existe no mundo”, quando então Pé-de-Vento, até então
respeitosamente calado, não se conteve: -- Seu dotô, o sinhô me adisculpe; vosmicê é homem sabido, inventa remédio para
curar todo tipo de doença, ensina em Faculdade e tal e coisa e coisa e tal. Mas, faça-me o favor; me adisculpe a
franqueza: eu nunca dormi com francesa, mas lhe garanto que elas não são melhores
que mulata nenhuma! -- Não sei se o dotô já prevaricou com alguma delas; mas no dia que
vosmicê pegar uma, nunca mais vai querer
saber de francesa, nem para lhe fazer cafuné!
Uma das mais antigas,
sempre embriagadas e sonhadoras personagens do Jorge Amado nos conta que
conhece homens que conseguem ficar até uma semana sem derrubar uma delas nas
areias quentes das praias varridas pelos ventos; outros, e esses ele conhece,
mas só de “ouvir dizer”, que conseguem passar até um mês sem cumprir com suas
obrigações; mas que esses ele não acredita que sejam capazes de existir.
Imaginem esses pobres
coitados que passam a vida inteira envoltos em suas batinas; ouvindo atentos
nos cantos escuros dos confessionários as mais belas histórias de amor, casos
de “chifres”; de amores proibidos e tantas outras traições, sem nunca poderem
provar da fruta...
Coronel Maciel.
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