domingo, 24 de março de 2013

Democracia ou morte!


Quando eu digo “Lula o teu dia há de chegar!” não é desejando-lhe a morte; a morte física, não; nunca, jamais! – Desejo-lhe, isto sim! -- a morte política, quando nós, brasileirinhos (nem todos, nem todos) esperamos que ele, assim como todos os envolvidos no mensalão e outros dos mais abomináveis crimes, caiam nas malhas das leis; mesmo sabendo que eles estão longe, muito longe dos seus alcances,  tão pequenos  e tão frágeis são os raios de ação das nossas risíveis leis. Não acredito que nenhum deles vá pra cadeia.   

Desejo vida longa para o Lula, (pra dona Dilma também!) mesmo sabendo, via “informes” não confirmados, que a doença que o persegue já migrou das cordas vocais para os seus alvéolos pulmonares. Lula tem à sua disposição, mesmo pelas madrugadas, os melhores médicos do Brasil, nos melhores hospitais, sem dúvida melhores dos que os existentes em Cuba, onde foi procurar ajuda o finado Hugo Chaves. 

Jamais o Lula há de enfrentar as longas filas do SUS, como eu já tive a sorte de enfrentar; aliás, com muita sorte! Um verdadeiro milagre! Foi quando me submeti, há coisas de uns dez anos, a uma operação para retirada de quase um palmo do ramo ascendente do meu pobre intestino grosso; todos pensavam que era um câncer; mas não era.  O problema não é o avião, meus caríssimos ouvintes; mas sim o piloto! O piloto sendo bom, os passageiros sempre terão grandes possibilidades de chegar sãos e salvos a seus destinos! O mesmo acontece no tão difícil e delicado ramo da medicina: o operador, “o piloto”, sendo bom, faz o milagre acontecer!

 Dizem que quando uma pessoa morre, ele se reintegra em sua mais autêntica respeitabilidade, mesmo que tenha cometido loucuras na vida. Para muitos, o passado de dona Dilma já morreu.  Eis o porquê (aliás, atendendo aos mais veementes apelos de amigos que me pedem para “maneirar” as mensagens contidas nos meus “versos”; um velho coronel não deve usar de termos tão escabrosos, tão censuráveis, tão ditosos palavrões, em se tratando das nossas autoridades constituídas, sejam elas civis ou militares! Que devo me comportar como manda os regulamentos disciplinares; tratar com “açúcar e com afeto” a nossa risonha Comandante-em-chefe.) — Eis o porquê, como eu ia dizendo, de dona Dilma, apesar de haver praticado loucuras na vida, haver chegado à presidência da república, livre, como querem e acham seus eleitores, das  loucuras cometidas no passado...

Estão aí os IBOPES, velho coronel, mostrando que dona Dilma seria eleita novamente presidente, com maioria absoluta; esmagadora!-- Eis um argumento sem réplica, coronel. – Eu ouço tudo, baixo a cabeça, e não digo nada...  

E viva a democracia! Viva a incrível democracia brasileira!  Muito embora eu continue achando que a única coisa realmente democrática neste Brasil tão grande, tão amado e tão traído é a morte, a cega que avança pelo seu mundo secreto, um mundo onde ela é a rainha que reina, que domina, e nos arrasta sem clemência...

Coronel Maciel.