Ligo meu radinho de
pilha, altas horas da noite, e sem querer e infelizmente ouço a pergunta
“estudada e dirigida” feita por uma “repórter” da rádio CBN a uma autoridade
brasileira “expert” em medicina: -- O senhor sabe muito bem da excelência que é
a medicina cubana; o que o senhor acha então desses seis mil médicos cubanos
que serão contratados pelo governo da presidente Dilma? -- Não tendo inteligência ágil e suficiente
para responder em cima da bucha tão tinhosa afirmação, a autoridade gagueja,
sem saber o que dizer...
Ora, todo mundo sabe
que o finado Hugo Chávez daria “tudo” para ser tratado num dos hospitais de São
Paulo; mas -- o orgulho mata! – preferiu morrer nas mãos dos "excelentes" médicos
cubanos.
Não sei se vocês se
lembram da “era Sarney”, quando o Brasil sofreu a pior crise de abastecimento:
não se conseguia comprar nem um litro de leite para nossas crianças. Foi
preciso importar carne contaminada pelas radiações da usina nuclear de Chernobyl.
Hoje a Venezuela está igual ao Brasil, ao Brasil da famigerada “Nova República”.
Mas o Brasil da dona Dilma está pronto para ajudar o Maduro, mesmo sendo
necessário desviar a carne e o leite dos pobres nordestinos, que estão morrendo
de fome e sede, vítimas da pior seca dos últimos tempos.
Quem me dera que pelo
menos um dos meus artigos; ou pelo menos um dos outros milhões de artigos que
são escritos em outros pequeninos e esquecidos Blogs que se perdem pelas dobras dos caminhos e que nunca serão
destaques em qualquer desses grandes jornais que vivem de esmolas do governo.
-- Mas ora, direis: -- Por que choras tanto assim, velho corona, se não
consegues publicá-los nem na “Revista Aeronáutica”, órgão oficial do teu
próprio clube?
Mas hoje é o Dia das Mães
e dedico a todas elas, vivas ou mortas (lembro agora e todos os dias da que foi
minha e que tão cedo perdi) esta verdadeira pérola:
Retrato de Mãe.
Don Ramon Angel Jara. – Bispo de La
Serena – Chile.
(Escrito
num álbum)
“UMA simples mulher
existe que, pela imensidão de seu amor, tem um pouco de Deus; pela constância
de sua dedicação, tem muito de anjo; que, sendo moça, pensa como uma anciã e,
sendo velha, age com as forças todas da juventude; quando ignorante, melhor que
qualquer sábio, desvenda os segredos da vida e, quando sábia, assume a
simplicidade das crianças; pobre, sabe enriquecer-se com a felicidade dos que
amam e, rica, empobrecer-se para que seu coração não sangre ferido pelos
ingratos; forte, entretanto estremece ao choro de uma criancinha e, fraca,
entretanto se alteia com a bravura dos leões; viva, não sabemos dar valor
porque à sua sombra todas as dores se apagam e, morta, tudo o que somos e tudo
o que temos daríamos para vê-la de novo, e dela receber um aperto de seus
braços, uma palavra de seus lábios. Não exijam de mim que diga o nome dessa
mulher, se não quiserem que ensope de lágrimas este álbum: porque eu a vi
passar no meu caminho. Quando crescerem seus filhos, leiam para eles esta
página: eles lhes cobrirão de beijos a fronte; e dirão que um pobre viandante,
em troca de suntuosa hospedagem recebida, aqui deixou para todos o retrato de
sua própria MÃE...”
O meu grande abraço a
todas as mães do Brasil e do mundo.
Coronel Maciel.