terça-feira, 28 de maio de 2013

Bolsa Esmola Ditadura.


Apesar de ter sido torturado durante a “ditadura militar”, o cantor Amado Batista, 62, afirmou não se sentir vítima do Estado. Durante entrevista no programa "De Frente com Gabi" desta segunda-feira (27), o cantor comparou seus torturadores a "uma mãe que corrige um filho".

Amado Batista é um dos muitos indenizados pelo governo PT,  depois de ter sido procurado pela Comissão da Verdade, que investiga violações de direitos humanos praticados durante o regime militar. "Recebo um salário de cerca de R$ 1.000, há algum tempo, mas acho desnecessário.”

 Lembrei-me de um caso relatado por Carlos Heitor Cony, grande escritor, jornalista, membro da Academia Brasileira de Letras e que também faz parte da turma de brasileiros que ficaram ricos, famosos e mal agradecidos aos velhos generais de 64! --

Cony recebeu dos cofres públicos uma indenização de um milhão e meio por ter sido -- diz ele -- um dos mais “perseguidos” pelos generais e por isso recebe uma pensão vitalícia mensal de mais de vinte e três mil, tudo livre de imposto de renda! Nas suas crônicas semanais ele não se esquece de alfinetar aqueles velhos generais, hoje mortos e sem que nenhum de seus “herdeiros” generais tenha coragem de defendê-los! 

Cony gosta de lembrar aos seus leitores um caso acontecido durante a “Ditadura”; diz ele: -- Foi exatamente na hora quando o presidente Castelo Branco saltava do carro para inaugurar uma conferência no hotel Glória, no Rio, que, junto com “sete amigos”, demos uma vaia no presidente que ia inaugurar uma conferência da OEA: -- Quando o marechal saltou do carro e começamos a vaia, não sei o que me deu: -- gritei o mais alto que pude -- Filho da puta! -- Fomos presos! Este um dos episódios “mais marcantes” na vida de Carlos Cony: chamar o presidente Castelo Branco de filho da puta!

Não sei se Cony realmente lutava contra a “ditadura”, ou se já “vislumbrava”, lá longe, a cama onde hoje dorme tranquilamente. Como dizia Millôr Fernandes, ao recusar “indenizações”: não era ideologia, era investimento!

Quem é o grande “filho da puta”, nesta historinha à toa? – Ele, Cony, ou o insigne marechal Humberto de Alencar Castelo Branco?

Coronel Maciel.