sábado, 8 de fevereiro de 2014

Não é hora de gracinhas nem de provocações...


“Sou como a ema, que tem pena, mas não voa...” é o que cantava o capiauzinho de testa peluda no “A hora e a vez Augusto Matraga”, do inesquecível João Guimarães Rosa. Também sinto “pena” do coitadinho do Rubens Paiva; sinto pena do coitadinho do Herzog; sinto pena de todos esses coitadinhos bandidos terroristas que hoje estão sendo endeusados. Tantos os mortos, quanto os que ainda estão vivos, e que conseguiram se escapar.  Tão inocentes que eles eram! Tão inocentes que eles são!

Mas, porém, contudo, todavia, sinto muito mais pena de mim mesmo; eu, que dediquei os melhores dias, meses e anos da minha vida aos serviços da pátria, e hoje -- eu, e todos os outros que como eu, estamos sendo acusados de torturadores, boçais assassinos e tantos e tantos outros adjetivos tão pouco qualificativos, e servindo, calados, de curiosidade para nossos filhos e netos, diariamente massacrados com os ataques dessas famigeradas comissões da verdade.

Não tenho procuração para falar em nome das Forças Armadas. Já estou velho; velho, mas um pouco mais experiente, embora cansado de desilusões, e pronto para dar alguns conselhos à nossa querida “Comandante-em-Chefe”. -- Acredite, dona Dilma: a pior cobra; a mais venenosa é aquele que se encontra quieta no seu canto, na espera da melhor oportunidade.  Um minuto só, no horário nobre do Jornal Nacional, destrói anos e anos de nossas lutas e dedicações. Preste atenção para a seriedade da situação que estamos sofrendo! Não são horas para gracinhas e provocações. Depois não venha me dizer que não lhe disse nada...

Só Deus sabe o que pode acontecer.

Coronel Maciel.

 

 

Nenhum comentário: