sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

E dona Dilma o que é? -- "PresidentA ou GuerrilheirO"?


Quem chegará primeiro à Presidência da República? -- Um negro, ou uma mulher? – Esta foi a pergunta que eu fiz ao grande mestre pernambucano Gilberto Freire. Foi assim.  Estava eu de serviço de “Oficial de Operações”, na Base Aérea de Recife, aguardando a chegada de uma aeronave que vinha de Brasília, quando fui surpreendido com a chegada do grande mestre sociólogo pernambucano, autor de um gigantesco livro, “Casa Grande e Senzala”, livro que li, reli e reli várias e várias vezes. Gilberto aguardava certa autoridade que vinha de Brasília num “Jatinho da FAB”. Apresentei-me e ficamos conversando um tempão. E foi quando eu, muito ousadamente, lhe perguntei:- - Mestre, quem chegará primeiro à Presidência da República: um negro, ou uma mulher?

Naqueles tempos, eu ainda tenente-aviador, as nossas “moreninhas lindas” ainda não estavam com essa “Força Toda”; com tanta força política; com essa “Corda Toda” rsrsr -- quando as mulheres do Brasil estão voando em “ares nunca dantes navegados” e nem nunca imaginados. Daí, talvez, o porquê de Gilberto me responder, um tanto surpreso com minha pergunta, que seria um negro o primeiro brasileiro a chegar à presidência da República.

(Gilberto errou, no Brasil; mas acertou no Sul da África, com o negro Nelson Mandela. Errou no Brasil: -- Dilma se diz “PresidentA”; outros  dizem que não; que é cruel “GuerrilheirO”: não é negra, nem mulher.)

Ao nos ser servido o cafezinho, eu, já um pouco “íntimo” do nosso simpático mestre, brincando perguntei:- - Mas, o que é ser negro no Brasil? -- Veja essa xicara de café; basta uma gota de leite, para virar “café com leite”; mais leite, ou mais café, mestre, questão de gosto não se discute! – Os portugueses gostavam muito de brincar com suas “negras”; e alguns negros, quem sabe os mais “charmosos”, também ficaram muito íntimos de suas patroas portuguesas. E foi assim que foi crescendo, crescendo e crescendo a miscigenação no Brasil, um Brasil onde “escapou de branco, preto é”.

Numa das suas afirmações Gilberto me dizia que basta uma gota de sangue negro, para o cristão ser considerado negro no Brasil. Se Hitler desconfiasse que algum dos seus generais tivesse uma única gota de sangue judeu, que já era o bastante para deixar de ser general, e passível até de ser cremado nas labaredas quentes do holocausto.

Mas vamos de deixar de conversa fiada e prestar as nossas mais justas homenagens a um dos maiores negros do mundo, o grande Nelson Mandela!

Coronel Maciel.

 

 

 

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