segunda-feira, 17 de junho de 2019

Meus velhos tempos de Aspirante.


Meu B-26 era a jato!
Como foi maravilhoso o meu último voo na minha querida Força Aérea, olhando para a cauda do meu avião, naquele que foi meu último voo, e ver que a minha, que a sua, que a nossa vida foi e continua sendo maravilhosa; e que começaríamos tudo outra vez! -- Outra vez! Para viver de novo os mesmos sonhos, os mesmos risos, os mesmos planos; os mesmos aviões. Para contar os mesmos velhos casos, como este acontecido comigo, naqueles meus velhos tempos de Aspirante, aqui em Natal. Um caso mesmo difícil de se acreditar; mas, com a devida venha, vou contar e acredite quem quiser. Foi assim: O meu ”B-26B Invader”, era “a jato”; aliás, o único no mundo, quando sofreu uma pane e fui obrigado a fazer um pouso forçado bem no meio de uma movimentada avenida aqui de Natal; e graças ao meu bom Deus, fiz um pouso manteiga, mais-que-perfeito! Passado o susto, os transeuntes me olhavam assustados e admirados, chegando alguns ao cúmulo de me pedir autógrafos! Quando tudo parecia resolvido, eis que um táxi desgovernado “atropela” o meu avião. Fomos todos parar na Delegacia, quando o Delegado, tentando esconder um copo de cana ainda na mão, começa questionando, com toda autoridade, o coitado do motorista: - - Mas como é que o senhor não viu esse “Jato” pousado na pista? -- O senhor andou bebendo? – Não senhor; quando eu bebo, eu não dirijo. – Agora, se o senhor me permite, vou contar o caso e como tudo aconteceu: - - Eu peguei este casal na saída do cinema; e tão logo eles entraram no carro começaram a fazer as piores safadezas do mundo! -- E toma de amassos, de beijos na nuca, de beijos de língua, as piores imundícies do mundo; e eu com 100% de atenção no trânsito. -- Aí, foi quando ele tirou a blusinha e começou a beijar os peitinhos dela; e eu vendo tudo pelo “espelhinho”. Mas continuava dirigindo, embora só com uns 80% de atenção. -- Aí a safadeza foi aumentando, aumentando; engrossando, engrossando, e quando vi foi ele danando a mão entre as pernas da minina, tirando-lhe a calcinha. -- Aí, eu já estava só com 50% de atenção; e foi quando ela abriu o zíper e caiu de boca no “bilau” do rapaz; e foi quando minha atenção baixou a zero por cento. – E daí? -- pergunta o delegado. – E daí que naquele pega-pega; naquele negócio todo, ela tirou o “bilau” da boca, uma boca tão pequenina, meu Deus, e apontou o bichão na direção da minha nuca, gritando: - - Cuidado com o jato, motorista! -- Aí, eu abaixei a cabeça, bem na hora, e nem vi a porra do avião: -- Como é que eu ia saber se era a “porra do jato”, ou o “jato da porra”, seu Delegado. O taxista foi liberado...
Coronel Maciel.



Nenhum comentário: